Justiça

Bolsonarista que ameaçou Zanin em aeroporto é condenado pela Justiça

À época do caso, Zanin ainda atuava como advogado e representava o atual presidente Lula

Bolsonarista que ameaçou Zanin em aeroporto é condenado pela Justiça
Bolsonarista que ameaçou Zanin em aeroporto é condenado pela Justiça
O ministro do STF Cristiano Zanin. Foto: Carlos Moura/SCO/STF
Apoie Siga-nos no

O bolsonarista Luiz Carlos Basetto Júnior foi condenado a pagar 10 mil reais em indenização ao ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal. Basseto ameaçou e ofendeu Zanin no aeroporto de Brasília em janeiro de 2023.

A 6ª Vara Criminal de Brasília condenou Basseto a quatro meses e 15 dias de detenção pelo crime de injúria. A detenção, entretanto, foi substituída por penas alternativas. Ele poderá recorrer da decisão em liberdade.

À época do caso, Zanin ainda atuava como advogado e representava o atual presidente Lula (PT). Na ocasião, Zanin foi chamado de “bandido”, “safado” e “vagabundo”.

Basseto também disse que o então advogado de Lula tinha de “tomar um pau de todo mundo que está andando na rua”.

“Não há qualquer indício de que as ofensas proferidas pelo querelado [Basseto] possuíssem algum respaldo fático que motivasse um descontentamento seu. Conforme afirmou em seu próprio interrogatório, sequer conhecia o querelante [Zanin]”, disse a juíza Mariana Rocha Cipriano Evangelista.

Em maio, Basetto publicou um vídeo se retratando pelo caso. Nele, o réu se desculpou com o ministro e afirmou que Zanin era um “excelente advogado e hoje exerce o cargo de ministro em razão da sua competência”. A defesa do ministro, entretanto, seguiu com a ação.

“A obrigação de indenizar o querelante [Zanin] quanto aos danos suportados pelos fatos ofensivos à sua honra subjetiva é medida que se impõe”, decidiu a juíza.

ENTENDA MAIS SOBRE: , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo