Justiça

A justificativa do governo do Rio para soltar miliciano mesmo com mandado de prisão

Comparsa de Zinho, Peterson Luiz de Almeida foi solto mesmo com mandado de prisão preventiva expedido; governo alega confusão de e-mails

Foto: Reprodução
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A Secretaria de Administração Penitenciária do Rio de Janeiro justificou a soltura do miliciano Peterson Luiz de Almeida, oficializada no dia 29 de outubro, por não ter sido informada da decisão do Tribunal de Justiça do estado que converteu a prisão temporária em preventiva.

Segundo a Seap, o comunicado da conversão da prisão foi enviado pela Justiça para um e-mail desativado há cinco anos. A secretaria sustenta que a mudança seria conhecida, já que ela se comunicou com a Justiça pelos novos meios oficiais dentro desse período.

Peterson é um miliciano conhecido como Pet ou Flamengo. Ele é comparsa de Luís Antônio da Silva Braga, o Zinho, atual chefe do grupo criminoso que atua na zona oeste Rio de Janeiro. Pet foi solto no último dia 19 de outubro da unidade prisional José Frederico Marques, em Benfica, na zona norte da capital fluminense.

Ainda de acordo com o governo do Rio, o miliciano foi solto porque o mandado de prisão preventiva também não constava do sistema da Polícia Civil até a noite desta segunda-feira 30. Ao site G1, o TJRJ negou essa informação e disse que o nome de Peterson já constava no cadastro nacional de mandados de prisão desde o dia 26.

A Seap sustenta também que, antes de soltar Flamengo, enviou um alerta à Justiça sobre o término do prazo da prisão do miliciano, dado seu histórico e a relação dele com os ataques sofridos pela cidade nos últimos dias. O alerta foi enviado, segundo a secretaria, no dia 25 de outubro. Um dia depois, a prisão foi convertida para preventiva. E essa decisão que não teria chegado ao conhecimento do governo do estado. Diante da ‘confusão’, Peterson deixou a prisão no domingo 29.

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