Esporte

Delegação da Venezuela tem 12 casos de Covid-19 confirmados

Time joga contra o Brasil no domingo pela Copa América. Tite lamenta e critica novamente a realização de torneio

(Foto: Divulgação/ Federação Venezuelana de Futebol)
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Doze membros da delegação venezuelana, entre jogadores e comissão técnica, testaram positivo para covid-19 às vésperas da partida de abertura da Copa América-2021, contra o Brasil, informou o Ministério da Saúde neste sábado de Brasília, onde a partida será disputada.

“Na noite de sexta-feira (11), foi notificada pela Conmebol, de que 12 membros da delegação da seleção de futebol da Venezuela, incluindo jogadores e comissão técnica, testaram positivo para covid-19″, disse a entidade em mensagem enviada para o AFP.

A autoridade não especificou quantos são jogadores e quantos fazem parte da comissão técnica do português José Peseiro, embora antes o secretário da Saúde, Osnei Okumoto, tivesse dito à CNN Brasil que cinco jogadores e cinco dirigentes foram contaminados.

Os afetados estão “assintomáticos” e “isolados” em quartos individuais, sob vigilância da Conmebol e do Ministério da Saúde, acrescentou o órgão de saúde na nota.

O surto de coronavírus na ‘Vinotinto’ é o golpe mais recente da polêmica Copa América no Brasil, questionada por diversos setores devido à situação sanitária enfrentada pelo país, onde mais de 484 mil pessoas morreram em decorrência da pandemia.

É também mais um golpe para a seleção venezuelana, que na sexta-feira chegou a Brasília desfalcada pela contaminação de Wilker Ángel e Rolf Feltscher e sem seu capitão, Tomás Rincón, por um “desconforto físico e um quadro viral”, sobre os quais a federação de futebol venezuelana evitou referir-se diretamente como um possível caso de Covid-19.

A confirmação oficial das infecções chega um dia depois de a Conmebol ter autorizado a substituir “sem limitações” os jogadores incluídos na lista definitiva com resultado positivo para covid e os que são considerados “contato próximo” e devem permanecer isolados.

O Brasil (atual campeão) e a Venezuela abrirão o torneio no estádio Mané Garrincha, em Brasília, no domingo, às 18h00, com arbitragem do uruguaio Esteban Ostojich.

‘Politizaram essa questão’, diz Tite

Em entrevista coletiva neste sábado, o treinador da seleção brasileira Tite afirmou que transformaram a realização do evento em uma questão política. Na última semana, os jogadores se posicionaram por meio de uma carta aberta, mas não se recusaram a jogar o torneio.

“Gostaria que não tivesse esses problemas todos, não só com a Venezuela. Isso aqui não tem viés político nenhum, isso aqui tem uma crítica direta à Conmebol e a quem decidiu, da CBF, ter a Copa América aqui”, declarou.

“Pedimos antes ao presidente da CBF. Eu pedi, os atletas pediram, o Juninho [coordenador da seleção] pediu antes de ela ser definida que ela fosse no Brasil. Antes, nós pedimos antes. Antes de levar ao presidente da República, ao país, colocamos essa situação que não gostaríamos, pelo respeito, por tudo o que estava envolvendo, por um lado sentimental. Ficamos à mercê, pediram tempo para nós, aí a situação ficou definida e ficamos expostos”, disse Tite. “Politizaram essa situação, infelizmente politizaram”.

O técnico quase foi substituído após os embates com a CBF e foi criticado nas redes por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro, que se mobilizou para a realização do torneio.

No entanto, o antigo presidente da Confederação, Rogério Caboclo, foi afastado antes que pudesse concretizar a intenção após graves denúncias de assédio sexual feitas por uma funcionária.

*Com informações da AFP

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