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Cecília Olliveira no CriaCast: ‘Segurança pública é tratada com desprezo e negacionismo’

A jornalista, especialista em criminalidade, expõe os detalhes de sua jornada ao lado de Raull Santiago. Assista

O ativista social Raull Santiago e a jornalista investigativa Cecília Olliveira no CriaCast — Foto: Reprodução
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O Brasil teve pelo menos 47,5 mil pessoas mortas por violência em 2022, conforme dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública sobre crimes de homicídio, roubo armado e agressões, entre outros. 

A jornalista investigativa Cecília Olliveira é enfática ao apontar que “não chegamos a esse caos à toa”.

“É uma sucessão de negligência, de falha, de corrupção”, sustenta. “Segurança pública é tratada com desprezo e negacionismo.”

Ela é especialista em criminalidade e segurança pública e tem dedicado sua vida ao assunto desde 2005. Desde então, operações e planos para combate ao crime organizado se sucederam, mas, passadas quase duas décadas, os problemas persistem.

“Sabemos que sete em cada dez homicídios no País são cometidos por arma de fogo, mas não existe resposta. Os governos não planejam ações baseadas na realidade”, afirmou a jornalista em conversa com Raull Santiago no CriaCast.

Retratos disso são o agravamento da crise de segurança na Bahia e a dificuldade dos governos do Rio de Janeiro de conter a expansão do crime organizado.

“Nós não temos um índice nacional de homicídio, nós não temos um banco nacional de armas e munições”, resume Olliveira.

“PCC é uma multinacional de sucesso”

Diante da ausência de dados do governo – e, por consequência, no jornalismo -, Olliveira fundou seu próprio instituto, o Fogo Cruzado

Atualmente, o instituto é o maior banco de dados abertos sobre a violência armada na América Latina e está presente no Rio de Janeiro, em Pernambuco e em São Paulo — em novembro, chegará ao Pará, conforme adiantou Olliveira no CriaCast. 

A partir desse trabalho, ficaram ainda mais evidentes as conexões que fazem a insegurança pública se enraizar na sociedade. 

“O Brasil tem 50 facções criminosas“, aponta a jornalista, autora de uma biografia de Nem da Rocinha, O Dono do Morro: um homem e a batalha pelo Rio. “Tem mais facção que estado.”

Fé e segurança?

A disputa eleitoral de 2022 ressaltou o espaço da “fé” nos embates pelo eleitorado brasileiro. 

Para Olliveira, a influência da fé ganhou mais força na política institucional, pois a igreja já debatia o lugar do “anticristo” nos espaços de poder muito antes da internet. 

A jornalista, filha de pastora e pai católico, vivenciou esse contexto quando perdeu seu pai. 

A íntegra dessa conversa você pode acompanhar pelo YouTube de CartaCapital

Ou, ainda, ouvir nas principais plataformas de streaming:

  • Spotify: https://open.spotify.com/show/0GKicxngWi6B7qAhbZHj2i
  • ApplePod: https://podcasts.apple.com/br/podcast/criacast-com-raull-santiago/id1710958246
  • Amazon: https://music.amazon.com.br/podcasts/fa81ca14-a34d-42ee-82ce-c5728bb01f63/criacast-com-raull-santiago
  • Deezer: https://www.deezer.com/br/show/1000341221
  • Castbox: https://castbox.fm/channel/id5627184?country=br

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