Educação

Reparação de erros na correção do Enem permanece sem resposta do MEC

Ministério marcou uma coletiva às 19h. Não há números oficiais sobre a quantidade de afetados e se o problema conseguiu ser resolvido

O ministro da Educação, Abraham Weintraub (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil)
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As falhas na atribuição de notas do Exame Nacional do Ensino Médio, o Enem, fizeram com o que o Ministério da Educação realizasse uma força-tarefa para reparar prejuízos a candidatos antes da abertura do SiSU, o Sistema de Seleção Unificada, que seleciona novos estudantes para mais de 230 mil vagas em universidades e abrirá as candidaturas na terça-feira 21.

O problema foi notado primeiramente por quem realizou a prova e percebeu, com a divulgação das notas, certas inconsistências no sistema. Candidatos que tinham acertado um bom número de questões estranharam pontuações próximas a 300, por exemplo, o que não é compatível com bons resultados.

 

Para entrar na universidade escolhida, cada estudante deve levar em consideração um sistema de pontuação que vai de 0 a 1000 pontos e que, de acordo com a carreira escolhida, terá maior ou menor peso envolvendo cada eixo temático da prova – composta por Ciências da Natureza, Ciências Humanas, Matemática, Linguagens e Redação. A interferência em qualquer uma das categorias influencia de maneira drástica a nota do candidato.

Na tarde do sábado 18, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, admitiu um erro na correção de alguns gabaritos, que foram avaliados com as respostas de outra versão da prova.

Pelo Twitter, Weintraub, disse que o problema seria resolvido até esta segunda-feira 20, e que “o número [de atingidos] é muito baixo”. Em entrevista à Rádio Gaúcha, o ministro afirmou que foram cerca de 6 mil candidatos prejudicados. “Estamos falando de 0,1% das pessoas, isso dá cerca de cinco ou seis mil candidatos, problemas que vão ser corrigidos”, afirmou.

No entanto, até a tarde de segunda-feira, havia poucas respostas conclusivas sobre quantas pessoas foram de fato atingidas pelo erro e se o Ministério foi capaz de resolver todos os problemas. Isso porque o próprio Inep voltou atrás em relação ao alcance do erro, que era, em um primeiro momento, apenas nas provas do segundo dia de testes, mas que já inclui também o primeiro dia.

Além disso, estudantes debatiam no Twitter se a redação, uma das provas com maior peso e importância do Enem, também não foi prejudicada pelo erro no sistema. O tema propôs que os candidatos debatessem a democratização do acesso ao cinema no Brasil.

Para solicitar que a nota fosse conferida, o Inep orientou estudantes a enviarem um e-mail para [email protected], com nome completo e CPF, até as 10h da segunda-feira – o que deu um prazo de menos de 24h para que os estudantes solicitassem a correção.

O Ministério da Educação e o Inep não retornaram aos pedidos de informação feitos por CartaCapital e apenas encaminharam uma nota sobre a realização de uma coletiva de imprensa, às 19h, para o esclarecimento da questão.

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