Educação

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Primeiro passo

Ainda sem apresentar um plano estruturante para a educação, o governo Lula elege como prioridade a alfabetização na idade certa

O porcentual de crianças não alfabetizadas nessa etapa do ensino cresceu quase 20 pontos durante a pandemia de Covid-19 – Imagem: Eduardo Aigner/MDS e Adenir Britto/PMSJC
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Prestes a completar seis meses, o governo Lula deu passos decisivos para a superação de graves problemas. Aprovou um novo arcabouço fiscal para substituir o desastroso Teto de Gastos de Michel Temer, uma camisa de força que impedia a expansão dos investimentos públicos. Recriou o Bolsa Família e outros exitosos programas sociais, a exemplo do Minha Casa Minha Vida e da Farmácia Popular, que também deram fôlego ao setores da construção civil e do complexo industrial da saúde. Em meio à rebelião da bancada ruralista e dos neoaliados do Centrão, bancou o plano para zerar o desmatamento na Amazônia até 2030. Na Saúde, voltou a contratar médicos, nacionais e estrangeiros, para suprir áreas desassistidas. No esforço de reindustrializar o País, lançou até um anacrônico programa de subsídios para produção de carros populares. Diante da profusão de planos e anúncios, chama a atenção o silêncio que emana do Ministério da Educação, área estratégica que o presidente se recusou a deixar na mão de aliados.

Até o momento, pouco se sabe dos planos do petista Camilo Santana para promover a “revolução educacional” que prometeu fazer no País, nos moldes de suas bem-sucedidas gestões como governador do Ceará. Tampouco foi anunciado um plano concreto capaz de reverter o caos deixado pela era Bolsonaro e pelo estrago provocado pela pandemia de Covid-19. Só recentemente, no dia 12 de junho, o Ministério da Educação lançou o Compromisso Nacional Criança Alfabetizada, um projeto que se propõe a alfabetizar, até 2026, 100% das crianças que chegam ao final do segundo ano do ensino fundamental, meta audaciosa e de difícil execução.

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