Educação

Governo de SP pede adesão ao programa de escolas militarizadas

Estão fora do programa Rio de Janeiro, Espírito Santo, e oito estados do Nordeste

O governador Joao Doria decidiu aderir às escolas militarizadas. Créditos: EBC
Apoie Siga-nos no

O governo do Estado de São Paulo vai aderir ao programa das escolas militarizadas anunciado pelo governo federal. O anúncio foi feito pelo secretário da educação Rossieli Soares, ao lado da deputada estadual Letícia Aguiar. O governo encaminhou um ofício ao MEC e aguarda resposta sobre o pedido de adesão, já que ele foi sinalizado após a data final de inscrição, que foi em 27 de setembro.

Segundo o secretário, o interesse veio após o Ministério da Educação responder a uns questionamentos do governo sobre ao programa. Ao todo, foram encaminhadas 23 perguntas, entre as quais, quem bancaria o salário dos professores e os uniformes e quem exatamente mandaria nos colégios.

Agora, com a adesão de São Paulo, se mantem fora do programa, Rio de Janeiro, Espírito Santo, e oito estados do Nordeste, Maranhão, Piauí, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Paraíba, Sergipe, Alagoas e Bahia. Nas regiões Norte, Centro-Oeste e Sul, todos os estados manifestaram interesse pelo programa.

No modelo das escolas cívico-militares, policiais, bombeiros ou membros das Forças Armadas atuam na administração das escolas. Os professores continuam a ser concursados e a Secretaria de Educação é quem define o currículo escolar. No entanto, estudantes têm que fazer uso de farda e seguir as regras dos militares.

O MEC previu 54 milhões ao ano para custear o programa. Cada escola receberá 1 milhão ao ano, valor utilizado para pagar somente os salários dos militares atuantes. O plano é ter 2016 unidades no modelo até 2023.

A etapa atual é da adesão dos governos. Os municípios ainda terão a fase de sinalizar interesse pelo programa a partir desta sexta-feira 4 até o dia 10 de outubro. Embora o interesse seja voluntário, o presidente Jair Bolsonaro chegou a declarar que o modelo tinha que ser imposto.

“Me desculpa, não tem que aceitar não. Tem que impor. Se aquela garotada não sabe na prova do PISA regra de três simples, interpretar texto, não responde pergunta básica de ciência, me desculpa, não tem que perguntar ao pai e responsável nessa questão se quer escola com uma, de certa forma, militarização. Tem que impor, tem que mudar”, declarou.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Os Brasis divididos pelo bolsonarismo vivem, pensam e se informam em universos paralelos. A vitória de Lula nos dá, finalmente, perspectivas de retomada da vida em um país minimamente normal. Essa reconstrução, porém, será difícil e demorada. E seu apoio, leitor, é ainda mais fundamental.

Portanto, se você é daqueles brasileiros que ainda valorizam e acreditam no bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.

Quero apoiar

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo