Educação

Governo Bolsonaro corta mais de 5.600 novas bolsas da Capes

Somente em 2019, mais de 11 mil bolsas de estudo foram suspensas. O CNPq, do Ministério da Ciência, também está em situação crítica

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A Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) anunciou nesta segunda-feira 2 que irá cortar 5.613 bolsas de estudo para a pós-graduação no ano de 2019. As bolsas em questão começariam a valer a partir de setembro, mas, agora, somam-se num total de aproximadas 11.800 bolsas que estão suspensas pelo órgão, já que este é o terceiro anúncio de contingenciamento somente neste ano.

De acordo com o informado por Anderson Correia, presidente da Capes, serão congelados 37,8 milhões de reais nessa rodada. “A elevação do orçamento da Capes depende da elevação do orçamento do ministério da Educação”, disse Correia em uma coletiva de imprensa.

O presidente também comentou sobre o orçamento para o órgão em 2020, que, segundo o Projeto de Lei Orçamentária já enviado para o Congresso Nacional, ficou em 2,2 bilhões de reais. Para incrementar o valor, que é quase a metade do que foi previsto para 2019 antes dos contingenciamentos do governo federal, Correia afirmou que o MEC e a Capes buscam “alternativas para compor o orçamento, se possível, de maneira integral ou próximo a isso”.

Questionado sobre o impacto da medida na pesquisa brasileira, o presidente do órgão disse que o País se mantém com os números previstos na formação de mestres, mas que precisa avançar no número de doutores formados todos os anos.

Bolsas do CNPq sob ameaça

Outro grande financiador de bolsas de estudo no País também encontra-se no limite orçamentário. O CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) correu o risco de não pagar os pesquisadores que já recebem os recursos logo no mês de agosto.

O Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, que repassa valores para o órgão, afirmou que as bolsas foram pagas em agosto. Já para setembro, apenas com a liberação de 330 milhões de reais, valor apontado como o rombo para a sobrevivência dos projetos financiados pelo CNPq – que também não admitirá mais novos pesquisadores este ano.

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