Educação

Enem terá a cara do governo na competência e na honestidade, diz ministro da Educação

‘Não temos nenhum ministro preso, nenhum caso de corrupção’, afirmou Milton Ribeiro a uma comissão da Câmara dos Deputados

O ministro da Educação Milton Ribeiro. Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
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O ministro da Educação, Milton Ribeiro, reafirmou nesta quarta-feira 17 que o Exame Nacional do Ensino Médio, o Enem, terá “a cara” do governo de Jair Bolsonaro. Ponderou, no entanto, que isso representa “competência, honestidade e seriedade”.

Ribeiro compareceu nesta manhã à Comissão de Educação da Câmara dos Deputados e gerou polêmica.

“Essa é a cara do governo. Não temos nenhum ministro preso, nenhum caso de corrupção. Isso é importante”, disse o bolsonarista. Aos deputados, ele negou interferência da gestão federal na formulação das perguntas da prova.

“Até por ordem de hierarquia, não posso achar que é anormal o ministro da Educação ter acesso à prova, mas abri mão disso. Em nenhum momento houve interferência na qualidade ou na quantidade. As questões fazem parte de um banco preparado já em outras gestões”, alegou.

Também na manhã desta quarta, o presidente do Inep, Danilo Dupas Ribeiro, negou ter acesso à prova. Ele participou de uma audiência na Comissão Senado do Futuro e confirmou a realização do Enem em 21 e 28 de novembro.

“Não houve interferência alguma do Palácio do Planalto, não houve. A cara do nosso governo – da nossa gestão, no caso do senhor ministro Milton Ribeiro -, é seriedade e transparência”, disse Dupas Ribeiro. “Não houve interferência alguma do Palácio do Planalto em decidir ou escolher qualquer item da prova ou tema da redação.”

As novas polêmicas foram motivadas por uma declaração de Jair Bolsonaro durante viagem a Dubai, nos Emirados Árabes Unidos. Segundo o ex-capitão, agora as questões do Enem “começam a ter a cara do governo”.

“Ninguém precisa ficar preocupado. Aquelas questões absurdas do passado, que caíam tema de redação que não tinha nada a ver com nada. Realmente, algo voltado para o aprendizado”, acrescentou.

Nesta quarta 17, Bolsonaro afirmou, em viagem ao Catar, que não viu as questões do Enem. “Não, não vi. Eu não vejo, não tenho conhecimento”, disse o presidente a jornalistas.

Além da declaração de Bolsonaro, a reação da oposição é impulsionada pela demissão de mais de trinta funcionários do Inep na semana passada. No pedido de exoneração encaminhado à diretoria do órgão, os servidores justificam a saída pela “fragilidade técnica e administrativa da atual gestão máxima” e mencionam episódios de assédio moral.

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