Educação

Enem digital tem 68,1% de abstenção e soma erros na aplicação

Presidente do Inep afirmou que falta de acesso do sistema à prova foi ’empecilho’ e atribui alta taxa de ausência à pandemia

(Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)
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O novo formato do Enem digital apresentou taxa de abstenção de 68,1%, além de erros na inicialização do sistema. Ao todo, apenas 29.703 participantes dentre os 93.079 inscritos fizeram o exame. O cenário é semelhante ao da prova feita no papel, que também registrou taxa recorde de ausência de candidatos.

O presidente do Inep, Alexandre Lopes, classificou os erros de operação do Enem digital como “empecilhos” na renovação da forma de se aplicar o exame.

“Tivemos alguns problemas? Tivemos, mas todo processo novo, inédito, está sujeito a obstáculos, empecilhos”, afirmou em coletiva de imprensa na noite do domingo 31.

Lopes afirmou que aqueles que não conseguiram fazer a prova poderão, caso desejem, realizar no próximo domingo 7.

De acordo com ele, os candidatos também poderão pedir para fazer apenas o primeiro dia do exame na data da reaplicação. A solicitação deve ser feita pela Página do Participante. O prazo ainda será definido.

No primeiro dia de prova, participantes relataram atrasos no início da aplicação das provas por problemas técnicos ou mesmo impedimento.

Segundo o diretor de Tecnologia e Disseminação de Informações Educacionais do Inep, Camilo Mussi, isso ocorreu por problemas de um dos servidores na transmissão das provas para os computadores. Os exames foram enviados no domingo, pela internet, pelas máquinas antecipadamente cadastradas para o Enem.

 

A transmissão atrasou, de acordo com o diretor, até as 1h30. “Gostaríamos que todos tivessem começado as provas às 13h30. Não foi possível. Alguns participantes, pelo tempo, foram embora e terão direito à reaplicação”, afirmou Camilo.

Segundo apurado pelo jornal O Estado de São Paulo, candidatos dos estados do Amapá, Alagoas, Maranhão, Rio Grande do Sul e do Distrito Federal relataram problemas na hora de realizar o exame.  “O sistema parou, não liberou as provas e ficamos esperando sem fazer nada até as 15h30”, disse uma estudante do DF à reportagem. Ela também afirmou que, na sala de aula, disseram que a reaplicação seria “provavelmente só em março”.

A abstenção, argumentaram, foi consequência do cenário da epidemia de coronavírus no Brasil – o motivo mais forte pelo qual diversos pedidos de adiamento do exame tramitaram na Justiça nas vésperas e após a primeira aplicação da prova.

“O índice de abstenção continua alto, como também teve no Enem impresso. A gente entende que isso é muito em função da pandemia. Alguns locais estão em lockdown, as pessoas não saíram de suas casas para fazer as provas”, argumentou Alexandre Lopes.

*Com informações da Agência Brasil 

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