Editorial

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No caminho do caranguejo

O Brasil anda para trás e o povo sofre, ignaro, as consequências do atraso, abandonado ao seu destino

Pensando no futuro, Arthur Lira age a seu próprio favor... – Imagem: Marina Ramos/Ag.Câmara
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Neste exato instante, meus céticos botões são crivados por inúmeras perguntas. ­Antonio ­Gramsci, o pensador sardo, recomendava ceticismo na inteligência e otimismo na ação. Confesso que agora nem otimista consigo ser. Mesmo assim, as perguntas se apinham. Por que Raymundo Faoro, já no leito de morte, murmurou “ele já errou”, logo após a posse de Lula, em janeiro de 2003?

A razão é simples: no coração e na mente, o presidente é, sobretudo, um conciliador, atendendo à vocação de um povo que sempre deixa de cumprir tudo quanto dele haveria de pretender o destino e ser revolucionário, tal como era o meu fraterno amigo. Era ele nascido na Vacaria, herdeiro de uma estirpe aguerrida das Dolomitas, impregnada pelos humores da terra natal. Responderia que um número incontável de brasileiros ainda traz no lombo a marca da chibata.

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