Editorial

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Brasil masoquista

Aos problemas históricos que permanecem juntam-se outros, enquanto se formulam leis para proteger os vilões

Imagem: Sérgio Lima/AFP
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Triste a sina do Brasil: permanecem problemas antigos que o tornam o mais desigual do mundo, depois da África do Sul, vítima até de uma situação pior do que aquela dos demais países africanos. Vivemos uma pantomima trágica, incapazes de percebê-la, enquanto se formulam leis para proteger os vilões. Só houve um avanço graças à decisão de Lula, ao enquadrar as Forças Armadas. No mais, precipitamos no abismo de uma irredutível medievalidade, pela qual casa-grande e senzala continuam de pé. Juros de 14% obstam qualquer propósito empresarial de voltar a uma produção industrial, de sorte a favorecer o agronegócio, a condenar o Brasil à exportação praticamente exclusiva de commodities.

À revelia de papa Francisco, incansável na defesa da paz mundial, enfrentamos, por causa de Vladimir Putin, empenhado em reconstruir o poderio soviético, a perspectiva de uma guerra nuclear a inquietar o mundo todo. A pergunta é: até quando o Ocidente resistirá à a­meaça? O que sobra para enfrentar a fúria russa, senão o recurso às mesmas armas por ele empregadas contra a Ucrânia agredida? É este o dilema proposto ao mundo e Lula reage com uma profissão de fé pacifista, como se isto bastasse para evitar o cataclismo anunciado.

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