Editorial

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A ONU de volta

Graças ao português Guterres, a organização reassume seu papel inicial

Guterres, justo desempenho na hora certa – Imagem: Vyacheslav Oseledko/República do Quirguistão/ONU
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A Organização das Nações Unidas, herdeira da Liga das Nações, resultou da Segunda Guerra Mundial, cabendo aos vencedores ocupar o Conselho de Segurança com direito ao veto, quando houvesse reuniões chamadas a decidir os destinos da política mundial. Cinco países – Estados Unidos, Grã-Bretanha, URSS, França e China – foram convocados a cumprir esta tarefa imponente. Alguns dos secretários-gerais da entidade, conforme a fisionomia da política global naquele exato instante, tiveram papel bastante destacado.

O português António Manuel de Oliveira Guterres, atual secretário-geral, teve condições que não exigiam do secretário aquela participação decisiva reservada a outros convocados para a mesma função. Guterres ganhou por isso uma fisionomia de cavalheiro brando e a manteve por um bom tempo, ou seja, até a eclosão da grave crise a assolar o Oriente Médio. Desde o começo do conflito, Guterres passou a considerar o confronto como provocado por dois governos distintos: de um lado Israel, do outro o governo da Faixa de Gaza, espezinhado e humilhado por ­Tel-Aviv a despeito da proteção que recebe do Hamas a apoiar, inclusive militarmente, o povo oprimido naquele rincão soturno.

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