Editorial
A Corte exibicionista
Somente no Brasil as sessões do STF são apresentadas diariamente pela televisão. Em países democráticos do velho mundo, atuam escondidas das câmeras e dos olhos da imprensa
Dizia Descartes: “Penso, logo existo”. Pensar basta? O sonho insano de quem perdeu a Razão pode indicar que o indivíduo está vivo, mas nem por isso vai dispensar cuidados ou mesmo ser internado no abrigo do doutor Basaglia, inventor de caridosos tratamentos para combater a sua doença. Parece a decisão de um louco, de um demente em estado puro, encaminhar um país inteiro para uma crise econômica fatal. Seria este o Brasil que acata as decisões de um energúmeno demente, transformadas em leis intocáveis?
CartaCapital acredita que leis possam ser boas ou más, iníquas ou benfazejas. Esta a estabelecer a independência do Banco Central, responsável pela elevação dos juros a 13,5% por decisão do seu atual titular, a mando de prévia determinação demencial, como lhe compete, de Jair Bolsonaro. Peço vênia aos leitores para que permitam uma incursão ficcional que passo a executar.
Um minuto, por favor…
O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.
Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.
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