Economia

Refeição fora de casa é mais cara no Nordeste

Entre 2009 e 2011, o preço da refeição completa registrou aumento de quase 21%, passando de 22,71 reais para 27,46 reais

Se cada brasileiro ingerir somente 3 gramas por dia, haveria uma redução de 35 mil AVCs por ano no País. Foto: Olga Vlahou
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Os brasileiros vão pagar cerca de 2,5% mais caro para almoçar fora de casa em relação ao ano passado. Segundo pesquisa do Instituto Datafolha e da Alelo, administradora de cartões de vale refeição e alimentação, o prato completo (principal, sobremesa, bebida e café expresso) sai, em média, 27,46 reais no Brasil. A cidade mais cara é São Luís, capital do Maranhão, com custo médio de 36,21 reais por refeição, seguida por São Vicente (litoral de São Paulo), com 34,91 reais, e Rio de Janeiro (32,78 reais).

A pesquisa, realizada com mais de quatro mil estabelecimentos em 55 cidades, entre setembro e outubro de 2011, – apenas com restaurantes que utilizam o cartão-vale refeição de uma bandeira específica – analisa os valores para almoço de segunda à sexta-feira.

Cristina Helena Pinto Mello, doutora em economia de empresas e especialista em desenvolvimento econômico, questiona, no entanto, a metodologia do levantamento, principalmente nos resultados da cidade maranhense. “São Luís me parece um desvio na amostra, pois, apesar de a cidade sofrer influência por sua localização, os restaurantes em geral não são caros.”. E completa: “O que pode acontecer é que os restaurantes avaliados tenham um preço mais elevado que a média.”

Marco Chinatto, coordenador de inteligência de mercado da Alelo, destaca, porém, que o município reflete a realidade de crescimento do nordeste, região que concentra cinco das sete cidades mais caras do Brasil para se almoçar fora de casa: São Luiz, Belém, Salvador, Natal e Vitória. “O nordeste vem se destacando nos últimos anos pelo seu crescimento e geração de emprego local, além do aumento do poder de compra da população.”

“Além disso, a região tem um grande número de cidades que recebem um grande fluxo de turistas ao longo do ano”, completa.

Entre 2009 e 2011, o preço da refeição completa registrou aumento de quase 21%, passando de 22,71 reais para 27,46 reais. Algo que pode ser explicado pela variação de 16,5% do Índice de Preços ao Consumidor Ampliado (IPCA) específico dos alimentos e bebidas no período, mas também por outros fatores. “Os restaurantes precisam de pessoas minimamente qualificadas para servir mesas ou preparar refeições e com o aumento da demanda nestes estabelecimentos e a falta de profissionais, os empresários são pressionados a aumentar os salários”, aponta Mello.

A demanda, diz, também influência nos preços e no poder de barganha dos restaurantes no momento de repor os estoques. “Nas cidades do sul e sudeste, há um volume e uma escala maior de produção para este serviço. Isso permite que os estabelecimentos negociem preços menores de alimentos.”

Segundo o estudo, o prato de comida representa aproximadamente 60% do valor da refeição completa, ou seja, 16,35 reais. A sobremesa, que considera a média do preço do doce ou fruta mais caro com o mais barato, custa 5,38 reais, enquanto a bebida participa com 3,15 reais e o café com 2,58 reais.

O estudo avaliou quatro categorias de pratos: comercial, ou prato feito, self service, executivo e à la carte.

São Paulo em queda

Em 2012, os paulistanos que almoçarem fora de casa vão pagar, em média, 28,47 reais pela refeição completa, 3,2% menos que no ano anterior. Com isso, a cidade caiu da quarta posição entre as cidades mais caras no último ano para o 13º lugar.

Uma melhora que, segundo Chinatto, pode ser explicada pela mudança na oferta dos tipos de pratos. “Entre a pesquisa de 2011 e 2012, houve um aumento de 18 pontos percentuais na oferta do prato comercial, considerado a opção mais barata. Por conta disso, o valor médio cobrado na cidade como um todo registrou um decréscimo.”

Na refeição completa, a zona sul paulistana é a mais cara, com média de 30,40 reais, seguida pelo centro (30,34 reais). A zona leste é a mais barata, com 23,76 reais. Ao se considerar apenas o preço médio do prato principal, o centro tem o maior valor com 18,23 reais, logo após aparecem zona sul (18,15 reais) e zona oeste (17,23 reais). Zona norte, com 13,92 reais, e zona leste (13,14 reais) são os locais mais baratos para se almoçar.

O estado de São Paulo também se destaca por ter quatro cidades entre as dez mais caras do Brasil pela refeição completa: São Vicente (34,91 reais), Sorocaba (30,54 reais), Piracicaba (29,99 reais) e Jundiaí (29,71 reais).

Os brasileiros vão pagar cerca de 2,5% mais caro para almoçar fora de casa em relação ao ano passado. Segundo pesquisa do Instituto Datafolha e da Alelo, administradora de cartões de vale refeição e alimentação, o prato completo (principal, sobremesa, bebida e café expresso) sai, em média, 27,46 reais no Brasil. A cidade mais cara é São Luís, capital do Maranhão, com custo médio de 36,21 reais por refeição, seguida por São Vicente (litoral de São Paulo), com 34,91 reais, e Rio de Janeiro (32,78 reais).

A pesquisa, realizada com mais de quatro mil estabelecimentos em 55 cidades, entre setembro e outubro de 2011, – apenas com restaurantes que utilizam o cartão-vale refeição de uma bandeira específica – analisa os valores para almoço de segunda à sexta-feira.

Cristina Helena Pinto Mello, doutora em economia de empresas e especialista em desenvolvimento econômico, questiona, no entanto, a metodologia do levantamento, principalmente nos resultados da cidade maranhense. “São Luís me parece um desvio na amostra, pois, apesar de a cidade sofrer influência por sua localização, os restaurantes em geral não são caros.”. E completa: “O que pode acontecer é que os restaurantes avaliados tenham um preço mais elevado que a média.”

Marco Chinatto, coordenador de inteligência de mercado da Alelo, destaca, porém, que o município reflete a realidade de crescimento do nordeste, região que concentra cinco das sete cidades mais caras do Brasil para se almoçar fora de casa: São Luiz, Belém, Salvador, Natal e Vitória. “O nordeste vem se destacando nos últimos anos pelo seu crescimento e geração de emprego local, além do aumento do poder de compra da população.”

“Além disso, a região tem um grande número de cidades que recebem um grande fluxo de turistas ao longo do ano”, completa.

Entre 2009 e 2011, o preço da refeição completa registrou aumento de quase 21%, passando de 22,71 reais para 27,46 reais. Algo que pode ser explicado pela variação de 16,5% do Índice de Preços ao Consumidor Ampliado (IPCA) específico dos alimentos e bebidas no período, mas também por outros fatores. “Os restaurantes precisam de pessoas minimamente qualificadas para servir mesas ou preparar refeições e com o aumento da demanda nestes estabelecimentos e a falta de profissionais, os empresários são pressionados a aumentar os salários”, aponta Mello.

A demanda, diz, também influência nos preços e no poder de barganha dos restaurantes no momento de repor os estoques. “Nas cidades do sul e sudeste, há um volume e uma escala maior de produção para este serviço. Isso permite que os estabelecimentos negociem preços menores de alimentos.”

Segundo o estudo, o prato de comida representa aproximadamente 60% do valor da refeição completa, ou seja, 16,35 reais. A sobremesa, que considera a média do preço do doce ou fruta mais caro com o mais barato, custa 5,38 reais, enquanto a bebida participa com 3,15 reais e o café com 2,58 reais.

O estudo avaliou quatro categorias de pratos: comercial, ou prato feito, self service, executivo e à la carte.

São Paulo em queda

Em 2012, os paulistanos que almoçarem fora de casa vão pagar, em média, 28,47 reais pela refeição completa, 3,2% menos que no ano anterior. Com isso, a cidade caiu da quarta posição entre as cidades mais caras no último ano para o 13º lugar.

Uma melhora que, segundo Chinatto, pode ser explicada pela mudança na oferta dos tipos de pratos. “Entre a pesquisa de 2011 e 2012, houve um aumento de 18 pontos percentuais na oferta do prato comercial, considerado a opção mais barata. Por conta disso, o valor médio cobrado na cidade como um todo registrou um decréscimo.”

Na refeição completa, a zona sul paulistana é a mais cara, com média de 30,40 reais, seguida pelo centro (30,34 reais). A zona leste é a mais barata, com 23,76 reais. Ao se considerar apenas o preço médio do prato principal, o centro tem o maior valor com 18,23 reais, logo após aparecem zona sul (18,15 reais) e zona oeste (17,23 reais). Zona norte, com 13,92 reais, e zona leste (13,14 reais) são os locais mais baratos para se almoçar.

O estado de São Paulo também se destaca por ter quatro cidades entre as dez mais caras do Brasil pela refeição completa: São Vicente (34,91 reais), Sorocaba (30,54 reais), Piracicaba (29,99 reais) e Jundiaí (29,71 reais).

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