Economia

Prévia da inflação desacelera, mas acumulado em 12 meses ainda supera os dois dígitos

Ao todo, o IPCA-15, o principal índice para monitorar a inflação, somou 11,39% nos últimos 12 meses

Maior impacto individual no IPCA-15 em julho veio do leite longa vida com alta de 22,27%. Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado
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A prévia da inflação, monitorada pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15) divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira 26, fechou o mês de julho em 0,13%, a menor taxa registrada em um mês desde junho de 2020. No acumulado dos últimos 12 meses, no entanto, o índice ainda é de dois dígitos: 11,39%. Em 2022, o IPCA-15 é de 5,79%.

De acordo com o instituto, a desaceleração do índice em julho foi puxada pela deflação dos grupos de Transporte, que caiu 1,08%, e Habitação, com queda de 0,78%. As variações negativas nos dois grupos refletem a redução das alíquotas de ICMS em itens como combustíveis, energia elétrica e comunicações.

“A queda no grupo dos Transportes foi influenciada pelo recuo nos preços dos combustíveis (-4,88%), em particular da gasolina, -5,01%, e do etanol, -8,16%. O óleo diesel seguiu na contramão dos demais combustíveis, com alta de 7,32%”, registrou o IBGE nesta terça-feira.

Apesar da queda, houve alta em seis dos nove grupos monitorados. A maior delas é no grupo de Vestuários, com variação positiva de 1,39% no mês e 11,01% em 2022. Alimentação e Bebidas também tiveram aceleração significativa (1,16%), sendo o grupo de maior impacto no índice em julho. Há ainda um avanço de 0,71% no grupo de Saúde e Cuidados Pessoais e de 0,79% em Despesas Pessoais.

“O resultado do grupo Alimentação e Bebidas foi influenciado principalmente pelo aumento nos preços do leite longa vida, 22,27%, maior impacto individual no índice do mês. No ano, a variação acumulada do produto chega a 57,42%”, descreve o comunicado do instituto.

No documento ainda é possível ver altas significativas nos derivados do leite no último mês. É o caso, por exemplo, do requeijão, com aumento de 4,74%, da manteiga, 4,25%, e do queijo, 3,22%. As frutas (4,03%), o feijão carioca (4,25%) e o pão francês (1,47%) foram outros dos vilões no índice. Há ainda menções importantes à alimentação fora do domicílio, que registrou aumento de 1,27% em julho, uma aceleração de 0,74% em apenas um mês.

De acordo com o IBGE, houve alta em sete das onze áreas pesquisadas para monitorar o IPCA-15. A maior foi em Recife, com aumento de 0,87% na taxa, puxada, em especial, por alta na gasolina (1,25%) e no lanche (3,95%). O menor resultado registrado pelo instituto foi em Goiânia, onde a queda foi de 0,98%, influenciado pelas quedas na gasolina (-11,91%) e na energia elétrica (-12,02%). Vale ressaltar que apenas Belém tem taxa acumulada abaixo dos dois dígitos nos últimos 12 meses.

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