Economia

Presidente da Fiesp define como ‘pornográficas’ as taxas de juros praticadas no Brasil

Josué Gomes defendeu a queda da taxa básica de juros para criar condições para o País se reindustrializar

Presidente da Fiesp define como ‘pornográficas’ as taxas de juros praticadas no Brasil
Presidente da Fiesp define como ‘pornográficas’ as taxas de juros praticadas no Brasil
Josué Gomes da Silva chegou a ser cotado para o Ministério da Indústria - Imagem: Suamy Beydoum/Agif/AFP
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O presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Josué Gomes, defendeu nesta segunda-feira 20 a queda da taxa básica de juros para criar condições para o País se reindustrializar. A declaração foi dada durante seminário promovido pelo BNDES.

“Temos convivido com taxas de juros altas nas últimas três décadas e isso reduz a capacidade de alavancagem”, afirmou Gomes. “Qualquer movimento que façamos para um desenvolvimento sustentável vamos precisar oferecer ao setor produtivo, em especial para indústria de transformação, taxas de juros compatíveis e menor nível de tributação”.

O presidente da Fiesp ainda criticou o argumento de que a Selic em 13,75% ao ano se deve ao risco fiscal que o País corre em caso de queda da taxa.

“Muitos querem associá-la a um problema fiscal… [em] um País, como o Brasil, que tem uma dívida bruta de 72% ou 73% do PIB, que tem reservas cambias da ordem de 17% ou 18% do PIB”, avaliou. “Está não é uma boa explicação para as pornográficas taxas de juros que praticamos. Se não abaixarmos, de nada adiantará fazermos políticas industriais”.

No mesmo evento, o vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB), reforçou que nada justifica 8% de juros real acima da inflação.

A partir de terça-feira 21, os nove membros da diretoria do Banco Central que integram o Comitê de Política Monetária  se reúnem mais uma vez para decidir a taxa básica de juros da economia nacional.

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