Economia
Petrobras desiste de vender 3 campos de petróleo e subsidiária na Argentina
A medida é resultado do fim do plano de desenvolvimento da estatal
A diretoria-executiva da Petrobras decidiu encerrar os processos de desinvestimento dos polos Urucu, Bahia Terra e Campo de Manati. A ordem, que também envolve a Petrobras Operaciones S.A (subsidiária da estatal na Argentina), foi comunicada nesta segunda-feira 4 e leva em consideração “a aderência estratégica ao portfólio, bem como o perfil da rentabilidade”, segundo a companhia.
A decisão tende a impactar os setores de Exploração/Produção e de Gás/Energia da Petrobras. No período anterior à gestão de Jean Paul Prates, a companhia colocou em ação um plano de desinvestimento. Neste ano, porém, recuou nos acordos de venda de ativos que não tinham chegado à etapa de assinatura dos contratos.
No caso do segmento de exploração e produção de petróleo, a Petrobras afirmou que avaliará com frequência a permanência de outros ativos no portfólio, com base em “rentabilidade, aderência estratégica, oportunidades de descarbonização e estágio de sua vida produtiva”.
Em março, o Conselho Nacional de Política Energética revogou a Resolução n. 9/2019, estabelecendo, na prática, o fim dos planos de desinvestimento da Petrobras, que buscava vender ativos de refino da estatal.
O programa de desinvestimento começou a vigorar no início de 2015. Até julho de 2022, os ativos vendidos somaram mais de 280 bilhões de reais. Segundo dados do Observatório Social do Petróleo, a maior parte dos ativos negociados era do setor de exploração e produção.
Reação dos petroleiros
Após o comunicado da Petrobras, a Federação Única dos Petroleiros celebrou o que chamou de “interrupção da privatização de ativos estratégicos”.
“É um passo importante para a reconstrução da empresa, que vinha sofrendo com a privatização de diversos ativos importantes nos últimos governos”, disse o presidente da FUP, Deyvid Bacelar.
Um minuto, por favor…
O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.
Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.
Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.
Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.
Assine a edição semanal da revista;
Ou contribua, com o quanto puder.