Economia

Oi tem 14 credores e dívida se aproxima de R$ 30 bilhões; veja a lista

A operadora obteve no fim da semana passada uma liminar para se proteger de credores, um sinal verde para nova recuperação judicial

Foto: Divulgação/Oi
Apoie Siga-nos no

A operadora Oi, que vive uma nova etapa de sua persistente crise financeira, tem uma lista de 14 credores, com os quais acumula uma dívida de cerca de 30 bilhões de reais, conforme dados atualizados até o final de 2022.

A dívida mais expressiva é com o Bank of New York Mellon, de aproximadamente 9 bilhões de reais. Na sequência, está o GDC Partners (8,3 bilhões).

Aparecem ainda: Wilmington Trust (5,4 bilhões), China Development Bank (3,8 bilhões), Itaú BBA (2 bilhões), Fundação Atlântico de Seguridade Social (948,1 milhões), Banco do Nordeste (156,4 milhões), Banco da Amazônia (100 milhões), Bradesco (34,4 milhões), Banco ABC Brasil (2,5 milhões), Santander (2,3 milhões), BNP Paribas Brasil (675,5 mil), Banco Fibra (29 mil) e Banco Modal (24,8 mil). A lista completa foi divulgada nesta segunda-feira 6 pela Folha de S.Paulo.

A Oi obteve no fim da semana passada uma liminar para se proteger de credores. A decisão partiu do juiz Fernando César Ferreira Viana, da 7ª Vara Empresarial da Comarca do Rio de Janeiro.

A companhia encerrou um processo de recuperação judicial em dezembro passado, mas pode ter de lidar com um novo procedimento do tipo. O primeiro processo, com uma dívida de 65 bilhões de reais, é considerado o segundo maior da história do País, atrás apenas do caso da Odebrecht.

“Infelizmente, diversos fatores imprevisíveis, não controláveis, e a sua situação econômico-financeira atual tornaram imprescindível recorrer à proteção judicial para implementar nova etapa de sua reestruturação e garantir a preservação da empresa, enquanto grande geradora de empregos e renda”, diz o novo documento da Oi.

A empresa declarou não ter caixa suficiente para quitar uma dívida de 600 milhões de reais que venceria em 5 de fevereiro. Com isso, a maior parte dos mais de 29 bilhões em dívidas poderia ser executada, devido a cláusulas contratuais.

A peça diz que houve um “inquestionável sucesso” na primeira recuperação judicial, durante a qual a operadora passou a focar em serviços de fibra ótica e transferiu a outros investidores parte de seus negócios.

Apesar de uma “redução substancial do endividamento total”, porém, o documento sustenta que a estrutura de capital “continua insustentável”, uma vez que “mais da metade desse valor [mais de 29 bilhões de reais] está vinculada à moeda norte-americana, correndo o risco de majoração em razão das flutuações cambiais”.

A nota tem, ainda, uma sinalização concreta na direção de uma segunda recuperação judicial.

“A medida também busca resguardar as possibilidades de recursos processuais formais de recuperação aos quais possa recorrer no prazo legal, bem como garantir a otimização de sua liquidez e do perfil de endividamento”, diz o texto.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Os Brasis divididos pelo bolsonarismo vivem, pensam e se informam em universos paralelos. A vitória de Lula nos dá, finalmente, perspectivas de retomada da vida em um país minimamente normal. Essa reconstrução, porém, será difícil e demorada. E seu apoio, leitor, é ainda mais fundamental.

Portanto, se você é daqueles brasileiros que ainda valorizam e acreditam no bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.

Quero apoiar

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo