Economia

Lira pautará a reforma tributária após o arcabouço, mas não garante aprovação

Segundo o deputaod, ‘se um governo não fizer as reformas no primeiro ano, não consegue fazer, por conta do calendário eleitoral’

Lira pautará a reforma tributária após o arcabouço, mas não garante aprovação
Lira pautará a reforma tributária após o arcabouço, mas não garante aprovação
O presidente da Câmara, Arthur Lira. Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado
Apoie Siga-nos no

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmou nesta sexta-feira 19 que espera votar o texto da reforma tributária antes do recesso parlamentar, em julho. Segundo ele, porém, ainda não é possível assegurar a aprovação da matéria.

Lira declarou ser possível finalizar os debates sobre a reforma até julho. O primeiro ano do governo, em sua avaliação, é o período mais propício para aprovar uma reforma relevante.

“A pauta será no primeiro semestre. Não posso garantir aprovação. Posso garantir uma discussão ampla, facilitar o debate, fazer com que os assuntos cheguem com tranquilidade”, disse Lira, após encontro com governadores e secretários de Fazenda do Sul e do Sudeste no Rio de Janeiro.

De acordo com Lira, “se um governo não fizer as reformas no primeiro ano, não consegue fazer, por conta do calendário eleitoral”.

O presidente da Câmara também avalia que a discussão sobre a nova regra fiscal facilitará o debate a respeito da reforma tributária. “Alguns temas mais árduos que viriam na discussão da reforma tributária podem ser antecipados nessa discussão pós-votação do arcabouço.”

O Grupo de Trabalho da reforma tributária na Câmara deve divulgar em 6 de junho o seu relatório final. Esse texto baseará o substitutivo a ser apresentado ao plenário pelo relator, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB).

Em entrevistaCartaCapital na semana passada, o deputado Reginaldo Lopes (PT-MG), coordenador do GT, afirmou que Lira determinou que só haverá recesso na Casa após os parlamentares apreciarem a reforma no plenário. Lopes trabalha com um cenário em que a matéria será aprovada pelos deputados ainda no primeiro semestre e confirmada pelo Senado na segunda metade de 2023.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo