Economia

Desemprego cai para 7,7% no trimestre e número de ocupados atinge recorde em setembro

Taxa de pessoas com emprego é a maior desde 2012, aponta a pesquisa do IBGE

De 2013 para 2014 o número de trabalhadores com carteira assinada passou de 50,3% (11,6 milhões) para 50,8% (11,7 milhões). Foto: Senado Federal
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O número de ocupados no Brasil atingiu 99,8 milhões no terceiro trimestre do ano, encerrado em setembro. É o maior número da série histórica medida pelo IBGE, que iniciou em 2012. Os dados foram divulgados nesta terça-feira 31.

O recuo da taxa para 7,7% no período está dentro do previsto por economistas. Na comparação com o período anterior, quando a taxa alcançou 7,8%, 929 mil pessoas a mais entraram no mercado de trabalho.

“A queda na taxa de desocupação foi induzida pelo crescimento expressivo no número de pessoas trabalhando e pela retração de pessoas buscando trabalho no terceiro trimestre de 2023”, explica a coordenadora de Pesquisas por Amostra de Domicílios do IBGE, Adriana Beringuy.

A maior parte desse aumento no número de ocupados veio da categoria de empregados com carteira assinada no setor privado, que chegou a 37,4 milhões de trabalhadores.

“Em relação ao trimestre móvel anterior, mais da metade das pessoas que foram inseridas no mercado de trabalho foram provenientes do crescimento da carteira assinada. Isso fez com que a expansão da ocupação formal fosse muito maior que a da informal”, destaca.

Rendimento médio aumenta

O rendimento médio real atingiu 2.982 reais em setembro, com alta de 1,18% na comparação com o registrados em agosto. Na comparação com o mesmo período do ano passado, a alta foi de 4,2%.

“Na comparação com o trimestre anterior, houve aumento no rendimento médio dos empregados com carteira no setor privado, empregados no setor público e trabalhadores por conta própria. Entre as atividades, houve expansão significativa do rendimento dos trabalhadores da indústria e da administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais”, diz Beringuy.

Acompanhando o aumento do rendimento médio, a massa de rendimento atingiu novamente o maior patamar da série histórica da pesquisa, ao ser estimada em 293 bilhões de reais. Frente aos três meses anteriores, o aumento foi de 2,7%.

“Diante de uma expansão da população ocupada, temos como resultado o aumento da massa de rendimento real. Essa alta pode ter influência da maior participação de trabalhadores formais no mercado de trabalho, que têm, em média, rendimentos maiores”, analisa a pesquisadora.

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