Economia

Deputado do PT pede a convocação de Campos Neto para explicar taxa de juros

O requerimento de Lindbergh Farias (PT-RJ) precisa da aprovação da maioria da Casa

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e o ministro da Economia, Paulo Guedes. Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
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O deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ) protocolou nesta quinta-feira 9 um requerimento de convocação do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. A taxa básica de juros, em 13,75% ao ano, está no centro de críticas do presidente Lula (PT) ao comando da instituição.

No documento, Lindbergh argumenta que a política monetária tem impacto direto nos investimentos, no crescimento do PIB e na geração de empregos. Por isso, diz o deputado, “é necessário que o presidente do Banco Central preste esclarecimentos a essa Casa sobre a política monetária adota, o diagnóstico considerado e os objetivos a serem perseguidos”.

Para que Campos Neto seja obrigado a se explicar no plenário, porém, Lindbergh precisa do apoio da maioria da Câmara. O presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), também precisa ser convencido a colocar o requerimento em votação.

Mais cedo nesta quinta, no evento Show Rural, em Cascavel (PR), Lira alegou que “o Banco Central independente é uma marca mundial e o Brasil precisa se inserir neste contexto”.

“Eu tenho a escuta, a tendência do que a maioria do plenário pensa. Com relação à independência do Banco Central, esse assunto não retroagirá”, emendou.

Na última segunda 6, Lula afirmou não haver “justificativa nenhuma” para a Selic estar em 13,75%. “É só ver a carta do Copom para a gente saber que é uma vergonha esse aumento de juro e a explicação que eles deram à sociedade brasileira”, avaliou o presidente.

Um dia depois, reforço nas críticas. O petista afirmou não ser possível que o País volte a crescer com a taxa nesse nível.

“Nós não temos inflação de demanda. É só isso. É isso que eu acho. Que esse cidadão [Campos Neto], indicado pelo Senado, tenha possibilidade de maturar, de pensar e de saber como vai cuidar deste País”, declarou. “Ele tem muita responsabilidade.”

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