Economia

Contas do governo fecham março com déficit primário de R$ 1,5 bilhão, melhor resultado desde 2021

Em 2023, o mês terminou com um saldo negativo de 7,4 bilhões

Simone Tebet (Planejamento) e Fernando Haddad (Fazenda) . Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
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As contas do governo federal em março registraram um déficit primário de 1,5 bilhão de reais. O dado foi divulgado nesta segunda-feira 29 pelo Tesouro Nacional.

Apesar do saldo negativo, trata-se do melhor resultado para março desde 2021, quando houve um superávit de 2,47 bilhões de reais.  

Em 2023, o mês fechou com um saldo negativo de 7,4 bilhões. Assim, o número revelado nesta segunda marca uma redução de 79,3%.

Em termos de receita, o governo arrecadou 198,8 bilhões de reais em março deste ano, um crescimento real de 8,5% na comparação com o mesmo mês de 2023.

Do total, 163,9 milhões de reais ficaram com a União, um montante que costuma ser tratado como receita líquida – ou seja, aquilo de que o governo dispõe depois de fazer todas transferências obrigatórias para os demais entes federativos.

Segundo o Tesouro, a receita, que cresceu 8,3% em um ano, foi impulsionada pelo Imposto de Renda e pelas contribuições com PIS/Pasep e Cofins. 

Os gastos também subiram e chegaram a 165,4 bilhões de reais. O aumento é de 6,7 bilhões de reais em um ano, uma alta de 4,3%. 

Os benefícios previdenciários somaram 4,1 bilhões de reais, o que mereceu destaque para o Tesouro. A Previdência Social como um todo registrou déficit primário de 21,5 bilhões de reais em março. O aumento é de 1,8% em relação a março de 2023.

O resultado primário do governo é o saldo das receitas e das despesas. Ele é chamado de “primário” porque exclui o pagamento de juros da dívida.

Ao logo deste ano, o governo registra 20,1 bilhões de reais de superávit, quando se considera o valor corrigido pela inflação. 

Apesar do saldo positivo, ele é menor que o registrado no primeiro trimestre do ano passado, quando somou – também corrigo pela inflação – 33,4 bilhões de reais.

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