Economia

Brasil gerou 180 mil empregos formais em janeiro, aponta Caged

Aumento foi de 100% na comparação com o mesmo período de 2023; salário médio das admissões subiu para R$ 2.118,32

Carteira de Trabalho e Previdência Social (CTPS). Foto: Marcello Casal jr/Agência Brasil
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O Brasil criou 180.395 empregos no mês de janeiro. O número foi divulgado nesta sexta-feira 15 pelo Ministério do Trabalho e se refere a dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, o Caged.

O montante de empregos é resultado do saldo das 2.067.817 admissões e 1.887.422 demissões geradas no País no mês. Segundo o Ministério, o saldo foi positivo em 25 das 27 unidades da federação.

São Paulo (38,4 mil), Santa Catarina (26,2 mil), Rio Grande do Sul (20,8 mil) e Paraná (20,1 mil) lideraram, entre os estados, os saldos de empregos formais.

Dessa forma, o aumento foi de 100,3% na comparação com o mesmo período de 2023, quando cerca 90 mil postos com carteira assinada foram criados.

No momento, o País tem 45,6 milhões de pessoas trabalhando formalmente nos setores privado e público.

O principal responsável pelo aumento em janeiro foi o setor de serviços, segundo o Caged, cujo saldo foi de 80,5 mil empregos. Já a indústria contribuiu com 67 mil novos postos.

No comércio, porém, o saldo foi negativo: 38,2 mil empregos formais a menos, de acordo com o órgão. 

Na média, os brasileiros que trabalham com carteira assinada recebem mais do que no ano passado. O salário médio real das admissões em janeiro foi de R$ 2.118,32, o que representa um aumento de 69,23 reais em comparação ao valor de dezembro (R$2.049,09).

Para gerar os dados, o Caged considera apenas trabalhadores com carteira assinada. Ou seja, a fotografia do mercado de trabalho brasileiro divulgada hoje é parcial, uma vez que não inclui trabalhadores por conta própria e quem atua na informalidade.

Para ter uma dimensão da informalidade, a ferramenta disponível no País são os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, elaborada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 

Segundo a última Pnad Contínua, divulgada em fevereiro, cerca de 13,4 milhões de pessoas trabalham no setor privado sem carteira assinada. O dado se refere ao trimestre encerrado em janeiro e revela, também, que houve um crescimento de 2,6% em 2023.

A taxa de informalidade no país gira na casa dos 39%, segundo o IBGE. Esse percentual representa 39,2 milhões de trabalhadores informais.

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