Economia

Brasil fecha 2023 com taxa média de 7,8% de desemprego, aponta IBGE

Taxa de desocupação caiu 1,8% entre 2022 e 2023 e chegou ao menor patamar desde 2014; desemprego no país é mais alto para população preta e parda

Foto: Tony Winston/Agência Brasília
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A taxa média de desocupação no Brasil fechou o ano de 2023 em 7,8%, a menor desde 2014. O índice representa uma queda de 1,8% em relação a 2022, segundo dados da Pnad Contínua referente ao quarto trimestre do ano passado, divulgada nesta sexta-feira 16 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em números, o índice indica que a população desocupada no país totalizou 8,5 milhões de pessoas no ano passado. Em comparação a 2022, houve queda de 1,8 milhão de pessoas.

A queda na desocupação foi geral e uniforme, pelo menos do ponto de vista regional. Segundo o IBGE, 26 das 27 unidades da federação registraram queda na taxa anual de desocupação, com destaque para o Acre (-4,9%), o Maranhão (-3,5%), o Rio de Janeiro e Amazonas (ambos com queda de 3,2%). 

Roraima, por sua vez, foi o único estado onde a taxa de desocupação experimentou aumento (+1,7%).

Entretanto, obter uma ocupação no Brasil ainda é um fenômeno influenciado pela cor. Segundo o IBGE, a taxa de desemprego no país é mais baixa para a população branca (5,9%) do que para pretos (8,9%) e pardos (8,5%), em comparação com a média nacional.

No último trimestre do ano passado, a taxa de desocupação ficou em 7,4%, o que representa uma queda de 0,3% em relação ao trimestre anterior (julho-setembro de 2023). 

Como resultado da queda na taxa de desocupação, a população ocupada atingiu o maior patamar da série histórica, que teve início em 2012: 100,7 milhões de pessoas em 2023, de acordo com o IBGE.

Houve, também, um aumento no número de empregados com carteira assinada no setor privado. Em comparação a 2022, a subida foi de 5,8%, totalizando 37,7 milhões de pessoas em 2023.

A taxa de empregados sem carteira assinada no setor privado também cresceu, chegando a 13,4 milhões de pessoas. O aumento entre 2022 e 2023 foi de 5,9%.

Por seu turno, a taxa anual de informalidade se manteve praticamente estável, com leve queda: dos 39,4% de 2022, o índice recuou para 39,2% em 2023. O número de trabalhadores por conta própria, nesse quadro, também subiu (0,9%, na comparação entre os dois anos), chegando a 25,6 milhões de pessoas.

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