Economia

Aporte de R$ 10 bilhões e venda de jatinho: o plano de recuperação judicial da Americanas

Proposta foi apresentada na noite desta segunda-feira, no limite do prazo estabelecido pela Justiça

Foto: Mauro Pimentel/AFP
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A Americanas entregou, na noite desta segunda-feira 20, um plano de recuperação judicial à 4ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro. A proposta visa encontrar um modelo de mitigação das dívidas de 43 bilhões de reais que vinham sendo omitidas pela empresa até janeiro deste ano.

Em linhas gerais, o plano de recuperação judicial apresentado pela varejista nesta segunda prevê um aporte de 10 bilhões de reais que será feito pelos três principais acionistas da Americanas: Jorge Paulo Lemann, Marcel Herrmann Telles e Carlos Alberto Sicupira.

O plano também prevê que seja realizada uma conversão equivalente da dívida em capital em até 10 bilhões de reais. Fora isso, há ainda a intenção de vender uma parte dos ativos da empresa. A intenção, neste caso, é angariar outros 3 bilhões de reais. Entram nesta leva o Hortifruti Natural da Terra e Uni.co, que abrange Puket e Imaginarium.

Na proposta entregue à Justiça há ainda a intenção de vender um jatinho corporativo que pertence à Americanas. A aeronave está avaliada em 40 milhões de reais. Outros bens devem ser integrados nesta lista de prováveis vendas. A intenção é reunir até 2 bilhões de reais em recursos provenientes de bens que serão vendidos.

O que restar da dívida de 43 bilhões de reais com mais de 16 mil credores se tornará uma recompra ou uma repactuação. Aqui, a expectativa é de emissão de até 5,9 bilhões de reais em títulos de dívida. Os títulos poderão ser debêntures simples ou debêntures conversíveis em ações.

Se homologado, a Americanas informa que o plano permitirá pagar credores trabalhistas e micro e pequenas empresas em até 30 dias. Para os demais credores, os prazos variam de acordo com o saldo a pagar.

O plano, importante mencionar, foi aprovado pelo Conselho de Administração da Americanas, mas pode ainda sofrer alterações a partir de novas discussões com credores. A assembleia deve ser realizada até o fim de junho.

Ao jornal Folha de S. Paulo desta terça-feira 21, o novo presidente da empresa, Leonardo Coelho, garantiu que os pilares da proposta dificilmente serão alterados. “Isso ainda tem muita conversa mas parece que a espinha dorsal já está bem azeitada nas conversas dos últimos 45 dias”, avaliou.

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