Economia

Apesar de melhora na economia, Banco Central mantém a taxa Selic em 13,75%

A última vez que o BC mexeu na taxa básica de juros foi em agosto de 2022

Cédula de 200 reais
O presidente do Banco Central do Brasil, Roberto Campos Neto. Foto: Raphael Ribeiro/BCB Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, no lançamento da nova nota de R$ 200,00. Foto: Raphael Ribeiro/BCB
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Sob pressão de setores do mercado e alvo de críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o Conselho de Política Monetária do Banco Central decidiu manter, nesta quarta-feira 21, a taxa básica de juros em 13,75% ao ano pela sétima vez consecutiva.

Trata-se do maior nível desde dezembro de 2016. A última vez que o BC alterou o índice foi em agosto de 2022, quando ele saiu de 13,25%.

O Copom costuma se reunir a cada 45 dias para definir a taxa básica. Esta é a quarta reunião do comitê durante o governo Lula.

Nos últimos dias, aliados do petista voltaram a subir o tom contra o estágio da Selic. O líder do governo no Senado, Randolfe Rodrigues, elencou motivos que poderiam pesar na decisão de reduzir a taxa – a exemplo do crescimento “acima do esperado” do PIB, a inflação em declínio e o dólar em baixa.

Ele acrescentou que faltava apenas “remover o entulho da taxa básica de juros estratosférica de Roberto Campos Neto“, sugerindo a demissão do presidente do BC, para a economia brasileira “acelerar”.

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, também disparou petardos contra Campos Neto e defendeu ajustes na lei que tornou a autoridade monetária independente. A declaração do petista aconteceu durante almoço com parlamentares da Frente do Empreendedorismo na terça-feira 20.

Pela regra aprovada no Congresso, os presidentes e diretores do BC possuem mandatos de quatro anos em ciclos não coincidentes com a gestão do presidente da República.

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