Economia

Mercado financeiro projeta redução maior na Selic e PIB acima de 2% em 2023

Dados do Boletim Focus apontam, também, projeção de queda da inflação no país

Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
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O mercado financeiro baixou a estimativa da taxa básica de juros da economia brasileira para 2023. Além disso, a projeção da inflação para este ano caiu pela quinta semana seguida, e a perspectiva é de maior crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil para este ano. Os dados estão na nova edição do Boletim Focus, divulgado pelo Banco Central (BC) nesta segunda-feira 19.

Em relação à taxa Selic, o mercado prevê, agora, que o percentual fique em 12,25% em 2023, após oito semanas nas quais a projeção se manteve em 12,50%. 

Atualmente, o patamar está em 13,75% ao ano. A taxa de juros foi objeto de críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante o programa “Conversa com o Presidente”, na manhã de hoje. Lula chegou a dizer que o presidente do BC, Roberto Campos Neto, deve explicar “ao povo brasileiro e ao Senado, que o elegeu, porque ele mantém essa taxa “.

Nesta semana, haverá reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), órgão que define a taxa de juros. No mercado, a expectativa é que o patamar atual seja mantido. As previsões são de que as reduções esperadas comecem a acontecer apenas em agosto.

Nos dados do Boletim Focus, a projeção da Selic para 2024 recuou de 10,0% para 9,50%. As projeções de 2025 e 2026 foram mantidas: 9,0% e 8,75%, respectivamente.

PIB maior

Os dados divulgados hoje projetam, também, um crescimento de 2,14% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2023, ante um crescimento de 1,84% projetado na semana passada. Para 2024, porém, a expectativa de crescimento foi reduzida: passou de 1,27% na semana passada para 1,20% nesta. Para 2025, os analistas ligados ao mercado mantiveram a estimativa de crescimento de 1,80% do PIB.

Já a mediana das projeções do mercado para a inflação em 2023 caiu pela sexta vez consecutiva e, agora, está em 5,12% (ante 5,42%, na semana passada). Vale destacar que a meta de inflação para 2023, fixada ainda em 2020 pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) é de 3,25%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos. Em 2021 e 2021, a inflação no país ficou acima do limite da média.

De acordo com os números divulgados hoje, as expectativas da inflação para 2024 e 2025 recuaram. Para 2024, passou de 4,04% para 4,00%. Para 2025, foi de 3,90% para 3,80%.

O mercado manteve a projeção de dívida líquida do setor público em 60,60% do PIB para 2023. 

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