Diversidade

Após proposta de Daniela Mercury, CNJ cria grupo para identificar LGBTs em risco de violência

Em entrevista a CartaCapital, cantora disse que é preciso fazer valer a criminalização da LGBTfobia já determinada pelo STF

Após proposta de Daniela Mercury, CNJ cria grupo para identificar LGBTs em risco de violência
Após proposta de Daniela Mercury, CNJ cria grupo para identificar LGBTs em risco de violência
A cantora Daniela Mercury é integrante do Observatório de Direitos Humanos do Poder Judiciário. Foto: Reprodução/CNJ
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O Conselho Nacional de Justiça, presidido pelo ministro Luiz Fux, decidiu instituir um grupo de trabalho para desenvolver um instrumento de avaliação para identificar pessoas da comunidade LGBTQIA+ em situação de risco. O objetivo é permitir que vítimas de preconceito e expostas ao perigo de agressão ou morte devido à orientação sexual recebam amparo do Estado.

O grupo foi instalado nesta segunda-feira 28, Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+. A equipe é coordenada pela conselheira Ivana Farina e conta com a participação de juízes, promotores e representantes de movimentos sociais e associações.

A iniciativa ocorre após sugestão da cantora Daniela Mercury, no âmbito do Observatório dos Direitos Humanos do Poder Judiciário, associação da qual a artista é integrante.

A proposta é de que seja criado o “formulário Rogéria”, em homenagem à atriz e cantora falecida em setembro de 2017. O documento é inspirado no “formulário Frida”, já aplicado em casos de violência sexual e doméstica contra mulheres.

Por meio do formulário, será possível mapear a situação da vítima, do agressor, o histórico de violência e os fatores que podem indicar o risco de nova violência. O instrumento também ajudará na elaboração de um plano de segurança e de apoio à vítima.

Em entrevista a CartaCapital transmitida via Instagram, Daniela Mercury disse que também solicitou a produção de um mapa para identificar os focos de violência LGBTfóbica no Brasil.

“Tudo isso gera um processo de educação dos agentes públicos e de reconhecimento da decisão do Supremo que criminalizou a homofobia. É preciso fazer valer na ponta, para que a população possa usufruir dessa proteção.”

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