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Viabilidade do hidrogênio verde vai superar expectativas, preveem especialistas

Convidados por CartaCapital, os principais gestores do setor de energia elétrica renovável apontam os caminhos do investimento na matriz no Brasil

Da esquerda à direita: O mediador Roberto Rockman, Adriano Correia da PwC Brasil, Andreas Eisfelder da Siemens Energy, Camila Ramos da CELA e Nivalde de Castro, professor do Instituto de Economia da UFRJ — Foto: Reprodução
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No segundo dia do Summit Hidrogênio Verde de CartaCapital, especialistas e empresários discutiram os desafios e os motivos que fazem dessa nova matriz energética a nova aposta do mercado nacional e internacional.

Camila Ramos, diretora e fundadora da Clean Energy Latin America (CELA), compara a expansão do setor ao que era há uma década o debate sobre a energia solar e a eólica, tidas à época como alternativas caras e pouco competitivas. 

“A expectativa de redução de custo era muito menor. A expectativa de capacidade instalada era muito menor, a realidade dessas tecnologias ultrapassou de longe as expectativas”, afirma. “E eu entendo que, no hidrogênio, a gente tá no discurso muito parecido. A gente deve ultrapassar essas expectativas”, completa

Isto porque os valores da geração de energia a partir do hidrogênio verde, assim como as demais produções renováveis brasileiras, possuem alta competitividade de venda no mercado internacional para exportação, explica o professor do Instituto de Economia da UFRJ e coordenador do Grupo de Estudos do Setor Elétrico (GESEL), Nivalde de Castro.

“Nós temos um sistema interligado nacional, o crescimento da produção de hidrogênio vai se dar em cima da ampliação da capacidade instalada de novas plantas”, afirma Castro.

A primeira fábrica de hidrogênio verde do Brasil já tem data marcada para entrar em operação. Até o fim de 2023, a fábrica deve ser inaugurada no Polo Industrial de Camaçari, na Bahia.

Também na expectiva de crescimento do mercado de hidrogênio verde, Adriano Correia, chefe de Energy, Utilities & Resources na PwC Brasil, destaca a segurança energética como outro elemento de destaque neste cenário. 

“O planeta precisa buscar alternativas de descarbonização para reduzir as emissões de CO2 para conter o aumento da temperatura média global em patamares razoáveis”, explica Correia, como enfatizado pelos especialistas ouvidos na mesa de estreia do Summit. “Agora, com o conflito da Ucrânia, a necessidade é ainda maior.”

“O [aumento do] preço do gás natural também funciona de certa forma ajuda a acelerar. É como um catalisador e acelera os modelos de negócio de hidrogênio e gera condições competitivas para gerar eletricidade renovável no Brasil”, sublinha Andreas Eisfelder, Head da Área de New Energy Business da Siemens Energy para a América Latina.

Assista à íntegra:

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