Augusto Diniz | Música brasileira

Jornalista há 25 anos, Augusto Diniz foi produtor musical e escreve sobre música desde 2014.

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O adeus de Milton Nascimento no Mineirão foi apoteótico e repleto de referências

A festa de encerramento da carreira de Bituca foi um dos maiores acontecimentos musicais deste século no país

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Neste domingo 13, o Mineirão, em Belo Horizonte, foi o palco perfeito para um passeio final pela rica, distinta e emblemática obra de Milton Nascimento. 

Ao contrário dos shows anteriores da turnê A Última Sessão de Música, quando levou ao palco a cantora baiana Simone, a última apresentação de Milton contou apenas com mineiros como ele. 

Ao longo de cerca de duas horas e meia, cantaram e tocaram Lô Borges, Beto Guedes, Toninho Horta, Wagner Tiso e Nelson Angelo. Todos eles participaram da gravação do antológico álbum duplo Clube da Esquina (1972), considerado o disco mais importante da música brasileira de todos os tempos. Cita-se que Lô e Beto moraram com Milton na praia de Piratininga, em Niterói, onde o álbum foi concebido. 

Nos bastidores da produção estava também o compositor Márcio Borges, irmão de Lô, também imprescindível na carreira de Milton. Fernando Brant, prócer do Clube da Esquina falecido em 2015, foi saudado por Milton ao fim do show: “Onde você estiver, eu te amo”.

O cantor e multi-instrumentista Zé Ibarra, que acompanhou Milton em toda a turnê, reafirma seu talento – sua banda no Rio de Janeiro, a Bala Desejo, é uma das maiores novidades dos últimos tempos.

Milton dedicou a apresentação, acompanhada por cerca de 60 mil pessoas, a Gal Costa, e não conteve o choro ao citá-la

Na banda desse show no Mineirão, destacam-se também os filhos de Robertinho Silva – que acompanhou Milton por décadas– , Ronaldo e Vanderlei, extraordinárias presenças na percussão.

Com o público extasiado, o final teve direito a uma exuberante queima de fogos no estádio. A festa de encerramento da carreira de Milton Nascimento foi um dos maiores acontecimentos musicais deste século no país.

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