Cultura
Ministério da Justiça mantém censura a filme de Danilo Gentili mesmo após aumentar classificação indicativa para 18 anos
‘Como se tornar o pior aluno da escola’, de 2017, foi atacado por bolsonaristas esta semana por cena que sugere assédio a crianças
A mudança na classificação indicativa do filme “Como se tornar o pior aluno da escola”, que subiu para 18 anos, não altera a censura imposta à exibição em plataformas de streaming. É o que diz o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) em resposta enviada ao GLOBO.
“A alteração da Classificação Indicativa para o filme “Como se tornar o pior aluno da escola” não afeta a medida cautelar imposta pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, por meio da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon)”, diz a nota da pasta.
O filme de 2017, dirigido por Fabrício Bittar e inspirado em um livro homônimo de Gentili publicado em 2009, se tornou alvo de ataques bolsonaristas por uma suposta apologia à pedofilia.
Na cena que viralizou, o personagem de Fábio Porchat, o vilão Cristiano, chantageia e assedia sexualmente dois garotos. Cristiano interrompe Pedro (Daniel Pimentel) e Bernardo (Bruno Munhoz), pede que eles parem de discutir e, para não serem prejudicados na escola, o masturbem. As crianças reagem com espanto e repulsa, negando o pedido.
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