Cultura
Males do corpo e da alma
Em Dentes, escrito em 1994 e lançado agora em português, Domenico Starnone já mostrava sua capacidade de prender o leitor e de ser conciso
Quando criança, o narrador de Dentes teve de aturar toda a sorte de apelidos inspirados por sua boca: dentuço, dentado, dentildo. Se, irritado, resolvia abri-la para assustar quem o importunava, ouvia: “O hipopótamo!”, “O crocodilo!”
É esse homem que, no início do livro, vê-se com os dentes partidos por um cinzeiro atirado em sua direção pela companheira que não aguentava mais seus ataques de ciúmes. “Se me tratar assim de novo, arrebento seus dentes”, advertira ela.
Um minuto, por favor…
O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.
Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.
Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.
Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.
Assine a edição semanal da revista;
Ou contribua, com o quanto puder.