Cultura

Jean Wyllys volta à ativa em conferências na Europa

Longe do Brasil e sem mandato na Câmara, o ex-deputado dará entrevistas e participará de uma série de eventos em universidades

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Depois de fazer sua primeira aparição pública nesta sexta-feira 15 na Europa, no Festival de Cinema de Berlim, na Alemanha, o líder LGBT e ex-deputado federal Jean Wyllys (PSOL) dará uma entrevista coletiva na segunda-feira na capital alemã.

Na noite de segunda-feira 18, Jean Wyllys participa do evento “Democracia sob ataque: discurso de ódio, repressão e desinformação sob Bolsonaro”, promovido pela Fundação Rosa de Luxemburgo. A conferência, na capital alemã, contará também com a participação de Elizabeth Cerqueira, ativista do Movimento dos Sem-terra (MST) no estado de Goiás.

Wyllys esteve na Berlinale para assistir à exibição de Marighella, primeiro longa-metragem de seu amigo Wagner Moura, selecionado para a mostra principal. Os dois foram colegas na faculdade de Comunicação na Universidade Federal da Bahia (UFBA) e tiveram, em Berlim, um encontro em clima de festa, marcado por um selinho carinhoso, um forte abraço e aplausos dos brasileiros que filmaram a cena e postaram vídeos nas redes sociais.

O filme sobre a obra de Carlos Marighella, guerrilheiro baiano assassinado pela ditadura militar em 1969, foi marcado por protestos em relação ao que está acontecendo hoje no Brasil. Moura entrou no tapete vermelho com uma placa em homenagem à vereadora Marielle Franco, assassinada em março do ano passado ao lado do motorista Anderson Gomes. O público acompanhou a entrada da equipe gritando “Marielle presente”.

“Nosso filme não é somente sobre os que resistiram nas décadas de 1960 e 1970, mas é também sobre os que estão resistindo agora”, disse Moura após a exibição do longa. Ao comentar o filme para a Deutsche Welle, Wyllys disse que Marighella “é um filme necessário”.

Wagner Moura beija Jean Wyllys na estreia de ‘Marighella’ na Berlinale (Foto: Reprodução)

Wyllys vai encontrar universitários em Portugal

O ex-deputado e defensor dos direitos LGBT tem outras palestras agendadas na Europa. Nos dias 26 e 27 de fevereiro, ele participa em Coimbra e Lisboa do seminário “Discursos de ódio e fake news da extrema direita e seus impactos nos modos de vida de minorias sexuais, étnicas e religiosas – o caso do Brasil”, ao lado dos sociólogos Ana Cristina SantosBoaventura de Sousa Santos e Bruno Sena Martins.

No final de janeiro, Wyllys anunciou que não iria assumir seu terceiro mandato na Câmara dos Deputados por uma questão de segurança, e que havia decidido morar fora do país para se dedicar à carreira acadêmica. Tanto Wyllys como membros de sua família receberam ameaças de morte.

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