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As faces distópicas de uma black friday

O estreante Nana Kwame Adjei-Brenyah lança mão da ironia para escancarar o racismo e o consumismo

A obra do autor norte-americano remete aos filmes de Jordan Peele – Imagem: Alex M.Philip
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O mundo no qual se passam os 12 contos de Friday Black, do norte-americano Nana Kwame ­Adjei-Brenyah, se parece com o nosso, mas não é exatamente o nosso. Não se trata tampouco de uma tradicional distopia futurista. A coletânea é um conjunto de estranhamentos que escancaram as feições do racismo e do consumismo contemporâneos.

Adjei-Brenyah demonstra, em sua estreia, um grande domínio das ferramentas literárias, valendo-se de ironia, cinismo e humor para abordar os temas duros. Há, em sua narrativa, algo de um horror social típico do cineasta ­Jordan Peele. O diálogo com filmes como Corra! e Nós é indireto, mas evidencia as novas formas artísticas que procuram dar conta dos debates sociais contemporâneos.

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