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Virgílio critica decisão do PSDB e vê Leite com intenção de ‘derrubar’ Doria

‘Não me venham com prévias mais. Prévias nunca mais’, criticou, em contato com CartaCapital, o ex-prefeito de Manaus

Virgílio critica decisão do PSDB e vê Leite com intenção de ‘derrubar’ Doria
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Foto: Luís Blanco/Comunicação João Doria
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Fundador do PSDB, ministro da Secretaria-Geral da Presidência no governo FHC e líder da oposição no Senado ao governo LulaArthur Virgílio Neto afirmou, em contato com CartaCapital, que seu partido errou ao retirar a candidatura de João Doria à Presidência, em detrimento de uma aliança com Simone Tebet, do MDB.

Virgílio disputou com Doria e Eduardo Leite as prévias do PSDB no ano passado. O então governador de São Paulo venceu a eleição interna e foi alçado à condição de pré-candidato ao Palácio do Planalto. Virgílio avaliou que Tebet é “inteligente, correta e vem de uma boa linhagem política”, mas teria de fazer “um milagre” para chegar ao segundo turno.

Além disso, prossegue, o PSDB abandonou o instituto das prévias e criou um cenário de incerteza sobre as próximas escolhas. “Não me venham com prévias mais, não vou concordar. Prévias nunca mais”, criticou o ex-prefeito de Manaus. “Vamos escolher em convenção mesmo. Prévia não é para funcionar mais.”

Virgílio também disparou contra “a ideia de ressuscitar a candidatura de Eduardo Leite”. Mencionou, por exemplo, as idas e vindas do ex-governador gaúcho, como a negociação para trocar o PSDB pelo PSD após perder as prévias e o recuo no cenário estadual.

“Fiquei cheio de alegria [com a permanência de Leite], mas ficou no partido para quê? Derrubar o Doria e depois ter uma oportunidade? Não sei se isso cala bem. Vivo muito de símbolos e gestos. Acho que as pessoas têm o dever de esboçar gestos, e eu os classifico de nocivos ou nobres.”

Para Arthur Virgílio, Tebet tem um “enorme potencial para crescer na vida pública”, mas apresenta um nível de rejeição “não tão baixo”, apesar da pequena exposição em termos de disputa presidencial. Doria, por sua vez, acumulava rejeição “em grande parte devido ao pulo entre a prefeitura e o governo de São Paulo”.

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