A vereadora Maria Tereza Capra (PT) ingressou com uma ação na Justiça para anular a sessão da Câmara Municipal de São Miguel do Oeste, em Santa Catarina, que cassou seu mandato no início deste mês.
Os parlamentares consideraram que Capra quebrou o decoro ao denunciar, em postagem nas redes sociais, uma suposta saudação nazista feita por bolsonaristas na porta do quartel do Exército na cidade após a derrota nas eleições.
Na ação, enviada à 1ª Vara Cível da Comarca de São Miguel do Oeste, a vereadora argumenta que sua publicação embasou uma apuração aberta pelo Ministério Público estadual e que as imagens provocaram indignação em outros setores da sociedade, como a Confederação Israelita do Brasil.
“A reação de Maria Tereza Capra traduziu um impulso perfeitamente compatível diante da representação coreográfica, em sua cidade […], à maneira como se dirigiam os nazistas alemães nos anos 1930 e 1940, em célebres e aterradoras manifestações de louvor ao seu líder máximo, o chanceler Adolf Hitler”, diz o documento da defesa, divulgado nesta terça-feira 28 pelo jornal Folha de S.Paulo.
A publicação do vídeo nas redes sociais e a repercussão negativa entre apoiadores de Jair Bolsonaro (PL) fizeram da petista alvo de ameaças anônimas. Ela deixou a cidade por um período e passou a receber escolta da Polícia Federal.
Em entrevista a CartaCapital, Maria Tereza classificou a cassação como injusta e disse ser vítima de perseguição política, já que, com a vitória de Lula, ela poderia se candidatar a prefeita nas eleições de 2024.
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