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TSE nega pedido de Bolsonaro para derrubar vídeo sobre compra de imóveis com dinheiro vivo
Ao acionar a Corte, a campanha bolsonarista alegou haver na propaganda um ‘discurso de ódio’ contra a candidatura do ex-capitão
O ministro Paulo de Tarso Sanseverino, do Tribunal Superior Eleitoral, rejeitou um pedido da campanha de Jair Bolsonaro (PL) para suspender um vídeo da campanha de Lula (PT) sobre a compra de imóveis em dinheiro vivo pela família do ex-capitão.
No fim de agosto, uma reportagem do UOL revelou que metade dos imóveis do presidente e de seus familiares foi adquirida em espécie. Ao todo, giraram pelas mãos do clã desde 1990 mais de 25 milhões de reais – considerada a inflação no período – usados para comprar terrenos e casas.
Ao acionar o TSE, a campanha bolsonarista alegou haver na propaganda um “discurso de ódio” com o “indisfarçado propósito” de “erodir” a candidatura do presidente.
Sanseverino anotou, porém, que a peça da campanha petista se baseia em matéria jornalística, “de modo que a veiculação impugnada não transmite, como alegado, informação gravemente descontextualizada ou suportada por fatos sabidamente inverídicos”.
“A referência ao termo ‘dinheiro em espécie’ se mostra, à primeira vista, adequado à submissão ao debate público.”
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