O ex-presidente Michel Temer (MDB) celebrou nesta quarta-feira 1º o afastamento do juiz Marcelo Bretas por decisão do Conselho Nacional de Justiça. O magistrado ocupava a 7ª Vara Federal Criminal e foi o responsável por conduzir a Operação Lava Jato no Rio de Janeiro.
“Era o que eu esperava. A história costuma corrigir as versões quando elas não espelham os fatos. Acima de tudo, o CNJ puniu o método que, até recentemente no Brasil, privilegiava a militância e as ambições pessoais em detrimento da justiça. Isso é o que, como constitucionalista e ex-presidente da República, me tranquiliza”, afirmou Temer em nota.
Em março de 2019, Bretas mandou prender Temer no âmbito da Lava Jato. O ex-presidente passou quatro noites em uma sala da Corregedoria na Superintendência da Polícia Federal no Rio.
O caso envolvia denúncias do delator José Antunes Sobrinho, dono da Engevix, que dizia ter repassado 1 milhão de reais em propina ao Coronel Lima, militar amigo de Temer.
O CNJ analisou três processos disciplinares contra Bretas. Um deles foi apresentado pelo prefeito do Rio de Janeiro Eduardo Paes (PSD), que aponta ser alvo de perseguição.
As outras duas reclamações decorrem de delações premiadas de advogados que relataram supostas irregularidades em negociações do juiz na condução dos processos.
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