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‘Tem gente que acha que se tivesse um ladrão ali o Brasil estaria melhor’, ataca Bolsonaro

Presidente voltou a citar os governos de Lula e Dilma Rousseff como supostos culpados pela alta no preço dos combustíveis

Foto: Reprodução
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O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a atacar Lula e outros integrantes do PT em conversas com apoiadores no cercadinho nesta quinta-feira 10. Após listar uma série de problemas que tem enfrentado, chamou os adversários petistas de ladrões.

“Pandemia, depois crise de água, guerra, combustível…Tem gente que acha que se tivesse um ladrão ali [na Presidência] o Brasil estaria melhor”, afirmou Bolsonaro em referência aos petistas, mas sem citar nominalmente os adversários.

A declaração repete afirmações já feitas antes aos apoiadores, quando também chamou Lula e Fernando Haddad, seu principal adversário em 2018, de ladrões. Recentemente, ele chegou a dizer que se o petista estivesse no poder o Brasil teria passado por lockdown e todos estariam vacinados durante a pandemia, como se ações para conter o avanço da Covid-19 no País fossem negativas.

Nesta quinta, marcada pelo novo aumento da gasolina e do diesel, Bolsonaro voltou a citar os governos de Lula e Dilma Rousseff como supostos culpados pelo preço dos combustíveis na atual gestão. A afirmação do ex-capitão, no entanto, não encontra amparo na realidade.

Segundo insinuou, nada pode fazer para conter o aumento dos combustíveis no País. Especialistas, no entanto, apontam para a criação de um fundo de estabilização como solução para o problema. Uma mudança da política de preços, com o fim da paridade internacional, também é defendida por diversos setores.

Bolsonaro, apesar de ter criticado a forma de definição dos valores e sinalizado que se reuniria com a equipe econômica para definir mudanças na última segunda-feira, não repetiu o discurso nesta quinta.

“Eu não defino preço na Petrobras. Não decido nada lá, só que quando tem problema cai no meu colo”, lamentou vagamente aos apoiadores no cercadinho em frente ao Palácio do Alvorada.

Na terça-feira 8, o ministro da Economia, Paulo Guedes, contrariou a entrevista de Bolsonaro ao afirmar que não pretende promover mudanças nos preços praticados pela estatal. Ao se referir a um possível congelamento de preços, o guru do ex-capitão disse a jornalistas para ‘esquecerem esse troço’.

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