O ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes instaurou, nesta sexta-feira 3, um inquérito contra a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP). A investigação, que está sob sigilo, mira o episódio em que a parlamentar bolsonarista perseguiu – armada – uma pessoa em São Paulo, na véspera do segundo turno da eleição de 2022.
Em 25 de janeiro, a Procuradoria-Geral da República denunciou Zambelli ao STF por porte ilegal de arma de fogo. Na peça, a vice-PGR Lindôra Araújo solicita o cancelamento do porte de arma da deputada e sua condenação ao pagamento de multa no valor de 100 mil reais por danos morais coletivos.
Zambelli entregou a arma à Polícia Federal, após ordem do STF, em dezembro. A Corte também autorizou uma operação de busca e apreensão em endereços ligados à bolsonarista. Durante a ação, a PF encontrou outras três pistolas.
Em 29 de outubro, véspera do segundo turno da eleição, a deputada causou espanto ao sacar uma arma em público e perseguir um homem na capital paulista. A cena foi gravada e circulou nas redes sociais.
Nas imagens, é possível ver pessoas correndo e a bolsonarista com a arma em punho, entrando em uma lanchonete e ordenando, aos gritos, que um homem negro deitasse no chão. Em outro registro, nota-se um estampido.
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