CartaExpressa

‘Se eu mandar munição à Ucrânia, entrei na guerra. Eu quero acabar com a guerra’, diz Lula nos EUA

O presidente defendeu, em entrevista à CNN International, sua decisão de não fortalecer o exército de Kiev ante a invasão russa

Lula em entrevista à CNN, em Washington. Foto: Ricardo Stuckert
Apoie Siga-nos no

O presidente Lula (PT) afirmou nesta sexta-feira 10 que a invasão da Ucrânia “foi um equívoco da Rússia” e que o governo de Vladimir Putin “não poderia ter feito isso”. Ele defendeu, porém, sua decisão de não enviar munições para as forças de Kiev, como pediu recentemente o chanceler alemão, Olaf Scholz, em visita a Brasília.

Em entrevista à jornalista Christiane Amanpour, da CNN International, Lula foi questionado se a Ucrânia não tem o direito de se defender da invasão russa.

“Lógico que ela tem o direito de se defender, até porque a invasão foi um equívoco da Rússia. Ela não poderia ter feito isso. Isso não foi discutido no Conselho de Segurança [da ONU]. O que eu quero é dizer o seguinte: o que tinha de ser feito de errado já foi feito. Agora, é preciso encontrar pessoas para tentar ajudar a consertar”, respondeu o presidente.

Lula também afirmou que se dedicará a “encontrar um caminho para alguém falar em paz”. Na sequência, a jornalista lembrou ao presidente que Olaf Scholz pediu o envio de munição para os tanques de Kiev, sugestão recusada por Lula.

“Eu não quis mandar. Se eu mandar, entrei na guerra”, admitiu. “Se eu mandar as munições que ele está pedindo, entrei na guerra. Eu não quero entrar na guerra, eu quero acabar com a guerra. Esse é o meu compromisso.”

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Relacionadas

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Um minuto, por favor…

O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.

Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.

Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.

Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.

Assine a edição semanal da revista;

Ou contribua, com o quanto puder.