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‘Está na hora de a China colocar a mão na massa’, diz Lula sobre busca pela paz entre Rússia e Ucrânia

As declarações sobre a guerra foram concedidas em Brasília após reunião com o chanceler da Alemanha, Olaf Scholz

Olaf Scholz e Lula, em Brasília. Foto: Sergio Lima/aFP
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O presidente Lula (PT) apresentou sugestões nesta segunda-feira 30 para negociar um acordo entre Rússia e Ucrânia e encerrar uma guerra prestes a completar um ano. O petista defendeu a criação de uma espécie de G20, um organismo multilateral para promover uma mesa de negociação entre Moscou e Kiev.

As declarações foram concedidas em Brasília após reunião com o chanceler da Alemanha, Olaf Scholz.

“Chega uma hora em que ninguém quer ceder um milímetro e em que os interlocutores não têm nada novo para criar. Minha sugestão é criar um grupo de países que tente sentar na mesa com a Ucrânia e a Rússia para tentar encontrar a paz”, afirmou Lula.

Ele disse já ter discutido o assunto com o presidente da França, Emmanuel Macron, e se comprometeu a levar a ideia a Joe Biden em fevereiro, quando viajará a Washington.

Segundo o presidente brasileiro, os chineses também têm de assumir uma posição de destaque na construção de um acordo de paz no Leste Europeu.

“Se eu for à China em março, esse é um dos assuntos que quero discutir com o presidente Xi Jinping. Está na hora de a China colocar a mão na massa e ajudar a encontrar a paz entre Rússia e Ucrânia“, emendou Lula.

No domingo 29, Olaf Scholz, reafirmou que a Alemanha não permitirá que a guerra na Ucrânia avance para um conflito entre a Rússia e a Otan. Ele deu a declaração depois de se encontrar com o presidente chileno, Gabriel Boric, em Santiago.

Scholz também disse a um veículo alemão que não enviará aviões de combate à Ucrânia, após ter prometido mandar 14 tanques Leopard 2. Segundo o chanceler, a rejeição é justamente uma tentativa de evitar uma escalada do conflito.

“Trata-se de apoiar a Ucrânia, trata-se de ter um debate sério para tomar as decisões que tiverem de ser tomadas e não deveria ser uma competição de quem envia mais armas”, explicou.

O líder alemão ainda lembrou que o país apoiou Kiev “de forma financeira, de forma humanitária e também com envios de armas”.

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