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Rejeitado no UB, Moro prega união em conversa com Leite, derrotado nas prévias do PSDB
Ex-juiz enfrenta oposição dentro do próprio partido quanto a sua candidatura à presidência
O ex-juiz Sergio Moro (União Brasil), que enfrenta oposição dentro do próprio partido quanto a sua candidatura à presidência, continua o seu périplo em busca da consolidação de uma chapa competitiva que represente a terceira via na eleição de outubro.
Neste sábado 1, o ex-ministro da Justiça encontrou-se com o ex-governador do Rio Grande do Sul Eduardo Leite (PSDB), que, apesar de derrotado nas prévias tucanas, opera para ser o candidato da sigla.
“Conversei com Eduardo Leite sobre o momento politico do país e sobre a necessidade de união do centro que está sendo liderada no União Brasil por Luciano Bivar”, publicou Moro nas redes sociais.
A citação a Bivar, presidente do União Brasil, não é por acaso. O dirigente partidário é um dos fiadores de Moro na sigla, em contraposição a alas que não querem saber de “projeto nacional” para o ex-juiz.
Uma ala da legenda, formada por egressos da direção do antigo DEM, ameaçou pedir a impugnação da filiação do ex-juiz. A decisão é uma reação à declaração do ex-magistrado de que “não desistiu de nada”. O grupo é o mesmo que na quinta-feira havia soltado uma nota em que deixava “claro que o eventual ingresso (de Moro) ao União Brasil não pode se dar na condição de pré-candidato à Presidência da República”.
O diretório paulista da sigla reforçou que a filiação pode ser impugnada se o ex-juiz não abdicar de “um projeto nacional”.
“O União Brasil São Paulo reafirma que a filiação do ex-juiz Sérgio Moro se deu com a concordância de um projeto pelo estado de São Paulo, isto é, deputado estadual, deputado federal ou, eventualmente, Senado. Em caso de insistência em um projeto nacional, o partido vai impugnar a ficha de filiação de Moro”, diz a nota assinada pelo deputado federal Alexandre Leite, tesoureiro do UB paulista.
Na sexta-feira 1, Moro também se encontrou com Simone Tebet, pré-candidata à presidência pelo MDB. “Conversamos sobre a união do centro. Democratas não podem se conformar com os autocratas Lula/Bolsonaro. Precisamos da indignação e do apoio de todos os brasileiros de bem”, escreveu.
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