Política

União Brasil manda recado a Moro: ou desiste da Presidência, ou terá a filiação impugnada

Uma ala do partido já havia anunciado que reverteria a filiação do ex-juiz, que nega ter abdicado de concorrer ao Planalto

O ex-juiz Sergio Moro. Foto: AFP
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O diretório paulista do União Brasil divulgou uma nota na noite desta sexta-feira 1º para reforçar que a filiação de Sergio Moro à sigla pode ser impugnada se o ex-juiz não abdicar de “um projeto nacional”.

“O União Brasil São Paulo reafirma que a filiação do ex-juiz Sérgio Moro se deu com a concordância de um projeto pelo estado de São Paulo, isto é, deputado estadual, deputado federal ou, eventualmente, Senado. Em caso de insistência em um projeto nacional, o partido vai impugnar a ficha de filiação de Moro”, diz a nota assinada pelo deputado federal Alexandre Leite, tesoureiro do UB paulista.

Pouco antes, uma ala do UB composta por egressos da direção do antigo DEM anunciou que pediria a impugnação da filiação de Moro. Trata-se de uma reação à declaração do ex-magistrado de que “não desistiu de nada”.

O grupo é o mesmo que na quinta-feira 31 havia publicado uma nota em que deixava “claro que o eventual ingresso (de Moro) ao União Brasil não pode se dar na condição de pré-candidato à Presidência da República”.

Moro fez um pronunciamento, na tarde desta sexta 1º, no qual negou ter abdicado da corrida à Presidência. Ele afirmou que não será candidato a deputado federal e cobrou “desprendimento” de outros nomes da terceira via, como o tucano João Doria.

A declaração ocorreu um dia depois de o ex-ministro de Jair Bolsonaro trocar o Podemos pelo UB e admitir, por meio de nota, “abrir mão, nesse momento, da pré-candidatura presidencial”.

“Preciso esclarecer a todos que eu não desisti de nada, muito menos do meu sonho de mudar o Brasil. Pelo contrário, sigo firme na construção de um projeto para o País”, disse Moro, nesta sexta, em São Paulo. “Não serei candidato a deputado federal.”

“Precisamos de outros atos de desprendimento, de Luiz Felipe D’Ávila, João Doria, Eduardo Leite, Simone Tebet, André Janones e lideranças partidárias, para fazer prosperar essa articulação democrática.”

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