O Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, voltou a rejeitar a responsabilidade de sua pasta no apagão de dados que inviabiliza o pleno conhecimento do cenário da pandemia no País.
“Se houve sabotagem, deve ter sido… não foi por parte do ministério, tá? É de parte de criminosos. Tudo isso está sendo apurado pela Polícia Federal. Onde falta transparência não é no nosso governo”, disse o ministro, nesta sexta-feira 14, em visita ao Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro.
Durante a sua passagem pelo Conselho, o bolsonarista aplicou a 3ª dose da vacina no secretário nacional de Atenção Primária do Ministério da Saúde, Raphael Camara, e evitou dizer claramente se recomenda a vacinação de crianças de 5 a 11 anos. Questionado se imunizaria um filho dessa idade, limitou-se a dizer: “Se eu tivesse um filho dessa idade, minha mulher ia me pegar, cara”.
Na sequência, disse se tratar de uma decisão dos pais. “Todos os pais que desejarem vacinar seus filhos terão vacina suficiente. Garantia que o Ministério da Saúde dá a cada pai e a cada mãe.”
“Essa é uma questão que não é coletiva, é uma questão em que os pais têm que tomar a decisão. Até porque a própria indústria farmacêutica não se responsabiliza por efeitos adversos e foi necessária a aprovação de uma legislação específica. Mas, até o presente momento, as agências sanitárias, de uma maneira geral, têm atestado a segurança da vacinação”.
Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.
Já é assinante? Faça login