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PTB veta candidatura de Queiroz à Câmara dos Deputados, diz revista
Bolsonarista e suposto operador das rachadinhas no gabinete de Flávio Bolsonaro teria que se contentar com a disputa por uma cadeira na Alerj


O ex-assessor bolsonarista e suposto operador das rachadinhas no gabinete de Flávio Bolsonaro (PL-RJ) na Alerj Fabrício Queiroz poderá ter que adiar o desejo de concorrer a uma vaga como deputado federal. Isso porque, segundo informações da revista Crusoé nesta terça-feira 12, ele não teria apoio suficiente no PTB do Rio para lançar a empreitada em busca de uma cadeira em Brasília.
De acordo com a publicação, atualmente o PTB fluminense conta com 78 pré-candidatos à Câmara dos Deputados, mas só poderá lançar 47 nomes. Os outros 31 postulantes, entre eles Queiroz, terão que adiar o projeto ou procurar caminhos alternativos na política. A intenção do diretório do partido é conquistar ao menos duas cadeiras na Câmara.
De acordo com Marcus Vinícius Oliveira, presidente do diretório estadual do PTB, o convite para a filiação do ex-assessor do clã-Bolsonaro sempre foi para ser deputado estadual no Rio e não federal. Contrariando o presidente da sigla, Queiroz sempre disse que seria candidato ao parlamento em Brasília.
“Na conversa que tivemos ao telefone, eu disse a ele que a condição para ser candidato envolvia a disputa a deputado estadual, não a federal”, explicou o dirigente estadual do PTB à revista.
Na Alerj, onde o PTB pretende recolocar Queiroz, ele teria operado o esquema de rachadinhas e funcionários fantasmas no gabinete de Flávio, então deputado estadual. O assessor chegou a ser preso pelo crime, mas, posteriormente, boa parte das provas contra eles foram anuladas pelo Superior Tribunal de Justiça por questões formais. A investigação retornou ao início.
Recentemente, novos áudios de envolvidos no esquema foram revelados pelo jornal Folha de S. Paulo e reforçam detalhes já conhecidos do esquema. As gravações poderão ser usadas como provas.
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