A cúpula do PT de São Paulo projeta uma data para a confirmação da saída de Márcio França, do PSB, da disputa pelo governo paulista: o próximo sábado 9.
O comando petista espera que o comunicado oficial aconteça em um ato com a presença do ex-presidente Lula na Região Metropolitana da capital paulista.
Procurado por CartaCapital, França não confirmou a decisão de recuar da disputa e se lançar ao Senado. O ex-governador, no entanto, já sinalizou nos últimos dias a possibilidade de se retirar da corrida ao Palácio dos Bandeirantes e endossar a candidatura de Fernando Haddad, do PT, líder das pesquisas de intenção de voto.
A movimentação resulta de uma nova rodada de conversas mantida por França, Haddad e Lula, em São Paulo, no domingo 3. O pessebista ainda tenta atrair o presidente do PSD, Gilberto Kassab, que deve dar uma resposta nos próximos dias.
A solução, porém, não é simples. Nas últimas semanas, esquentou a possibilidade de o PSD endossar Tarcísio de Freitas, do Republicanos, o candidato de Jair Bolsonaro ao governo paulista.
Na chapa bolsonarista, o PSD poderia ficar com a vice e com o posto de suplente ao Senado. Na aliança com a esquerda, os pessedistas também teriam a prerrogativa de indicar o suplente à Casa Alta.
Assim, um acordo PT-PSB-PSD, além de fortalecer a chapa de Haddad, afastaria Kassab de Bolsonaro em São Paulo. No plano nacional, a tendência é de que o PSD, com sua bancada de 47 deputados federais, opte pelo não-alinhamento no primeiro turno.
Uma pesquisa Datafolha publicada na semana passada mostrou que Haddad amplia a liderança nas intenções de voto em um cenário sem França. O petista soma 34%, ante 13% de Tarcísio e do tucano Rodrigo Garcia.
Com França, Haddad chega a 28%, enquanto o pessebista anota 16%. Tarcísio, com 12%, e Garcia, com 10%, aparecem a seguir.
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