Política

Decisão de Kassab pode definir a saída de França da corrida ao governo de SP

O presidente do PSD deve dar a sua resposta a petistas e pessebistas nesta terça-feira 5

O ex-governador paulista Márcio França. Foto: Divulgação/Governo de SP
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O pré-candidato do PSB ao governo de São Paulo, Márcio França, pode recuar nos próximos dias e apoiar Fernando Haddad, do PT, na corrida ao Palácio dos Bandeirantes.

A resolução de um impasse que se estende por meses depende, porém, de uma decisão do presidente do PSD, Gilberto Kassab. A movimentação resulta de uma nova rodada de conversas mantida por França, Haddad e o ex-presidente Lula, em São Paulo, no domingo 3.

Kassab deve dar uma resposta a pessebistas e petistas nesta terça-feira 5, mas a solução não é simples. Nas últimas semanas, esquentou a possibilidade de o PSD endossar Tarcísio de Freitas, do Republicanos, o candidato de Jair Bolsonaro ao governo paulista.

Na chapa bolsonarista, o PSD poderia ficar com a vice e com o posto de suplente ao Senado. Na aliança com a esquerda, os pessedistas também teriam a prerrogativa de indicar o suplente à Casa Alta – neste caso, o candidato ao Senado seria Márcio França.

Assim, um acordo PT-PSB-PSD, além de fortalecer a chapa de Haddad, afastaria Kassab de Bolsonaro em São Paulo. No plano nacional, a tendência é de que o PSD, com sua bancada de 47 deputados federais, opte pelo não-alinhamento no primeiro turno.

Uma pesquisa Datafolha publicada na semana passada mostrou que Haddad amplia a liderança nas intenções de voto em um cenário sem França. O petista soma 34%, ante 13% de Tarcísio e do tucano Rodrigo Garcia.

Com França, Haddad chega a 28%, enquanto o pessebista anota 16%. Tarcísio, com 12%, e Garcia, com 10%, aparecem a seguir.

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