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PSOL articula ida do presidente do BC à Câmara para questioná-lo sobre taxa de juros

‘O Banco Central não tem independência nenhuma nas mãos de Roberto Campos Neto, que é um infiltrado do bolsonarismo’, argumenta Guilherme Boulos

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Foto: Raphael Ribeiro/BCB
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A bancada do PSOL na Câmara dos Deputados articula a aprovação de um requerimento para levar o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, à Casa. O objetivo é obter explicações sobre a política de juros aplicada pela instituição, alvo de críticas do presidente Lula (PT).

O requerimento de convite será protocolado ainda nesta terça-feira 7 pelo líder da sigla na Câmara, Guilherme Boulos (SP), e precisará ser chancelado pelo plenário.

“O Banco Central não tem independência nenhuma nas mãos de Roberto Campos Neto, que é um infiltrado do bolsonarismo”, argumenta Boulos. “O Brasil tem a maior taxa de juros real do mundo. Por isso, queremos que ele esclareça as motivações da atual política de juros. O Banco Central deve responder ao povo brasileiro.”

O último encontro do Comitê de Política Monetária ocorreu em 1º de fevereiro, quando o colegiado optou por manter a Selic em 13,75%, decisão já antecipada pelo mercado. Trata-se do maior nível desde janeiro de 2017. Nas últimas quatro reuniões, o BC decidiu não mexer no índice. Antes, foram 12 elevações seguidas.

Na segunda-feira 6, Lula afirmou não haver “justificativa nenhuma” para a Selic estar em 13,75%. “É só ver a carta do Copom para a gente saber que é uma vergonha esse aumento de juro e a explicação que eles deram à sociedade brasileira”, avaliou o presidente.

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